Aconselhamento Psicológico e Psicoterapia – Métodos Mistos e Métodos Centrados no Problema
Índice
1. Introdução
Embora a eficácia dos
procedimentos orientadores ou terapêuticos esteja ligada à estrutura e à
dinâmica da personalidade, segundo o velho aforismo “há doentes e não doenças”,
não se pode ignorar a ocorrência de situações externas que constituem razão
suficiente para gerar frustrações e conflitos, até certo ponto independentes do
funcionamento global da personalidade. Desde que tais ocorrências podem
comprometer outras áreas do comportamento, pode-se, igualmente, agir no sentido
inverso, isto é, eliminar ou reduzir as desordens comportamentais actuando-se
sobre agentes externos ou indirectos. Problemas sexuais, por exemplo, podem ser
tratados com técnicas e informações específicas; problemas escolares ou
profissionais podem ter origem na relação professor-aluno ou chefe-subordinado
e como tais serem removidos quando se actua nessa relação; uma dificuldade de
aceitação grupal na adolescência, ou em outras idades, pode gerar sentimentos
de inadaptação e comportamentos anti-sociais, a qual, quando removida, pode
reinstalar comportamentos sadios; ausência de afecto e protecção na infância
podem criar comportamentos patológicos; um desequilíbrio orgânico, desde uma
leve intoxicação alimentar até uma grave disfunção hormonal, pode dar origem a
mudanças no comportamento; uma deficiência intelectual ou sensorial pode dar
como resultado uma redução da capacidade competitiva e uma consequência
emocional desastrosa; uma deficiência nutritiva pode produzir baixo nível de
rendimento e ser interpretada como um falso quadro de indiferença ou
desatenção; uma atmosfera educativa no lar, tipo “laissez faire”, com liberdade
excessiva e pouca disciplina, pode gerar imaturidade, insegurança e
comportamentos agressivos ou anti-sociais. Os exemplos são incontáveis.
Como os efeitos
emocionais das frustrações ou dos conflitos estão sempre presentes, podem ser
usados procedimentos mistos que actuem, concomitantemente, sobre os agentes
externos (causas) e sobre a pessoa (efeito). Às vezes, os psicólogos se
preocupam apenas com os estados emocionais, quando seria mais indicado actuar
directamente nas raízes circunstanciais do problema. A dificuldade consiste em
identificar os agentes externos, não-psicológicos ou paralelos e as estratégias
e tácticas que actuem na pessoa e no meio.
Alguns dos métodos e
técnicas que actuam em vários aspectos destes métodos aproximam-se mais da
abordagem cultural, outros da abordagem pessoal e outros são centrados em
problemas específicos. A escolha dos procedimentos depende, também, como nos
demais recursos terapêuticos, da formação e preparação profissional do
Orientador ou Terapeuta das possibilidades práticas de actuação.
1.1 Objectivos do trabalho
Geral
Ø Conhecer os métodos mistos e métodos centrados no
problema usados no processo de aconselhamento psicológico e psicoterapia.
Específicos
Ø Descrever os métodos e
seus procedimentos comuns;
Ø Explicar os pressupostos principais de cada
procedimento do método;
Ø Explicar todos os princípios teóricos e práticos regidos por estes métodos.
1.2 Metodologia
Para a realização do trabalho, cingimo-nos
por fazer uma pesquisa bibliográfica a partir do
levantamento de referências teóricas do livro de Aconselhamento Psicológico e
Psicoterapia de Barros Santos sobre os procedimentos dos métodos mistos e métodos centrados no problema.
2 Métodos Mistos e Métodos Centrados no Problema
2.1 Procedimentos Comuns
De acordo com (SANTOS,
1982), diz que em geral, os processos de orientação, aconselhamento ou terapia,
nesta categoria de métodos, incluem ampla avaliação das condições da pessoa
(estudo de caso), das características do problema, da situação a manipular e
das alternativas de tratamento existentes.
A maioria das actuações
processa-se no plano cognitivo, com ênfase no processo do problema, o
que não significa desprezar a pessoa ou o contexto sociocultural nem excluir os
processos emocionais.
Os comportamentos, nas
suas causas e consequências, são geralmente estudados em laboratórios, no campo
da psicologia experimental e, com base nos dados obtidos, utilizados na
assistência psicológica. As pessoas são estudadas face aos problemas que apresentam.
O foco é interpretar os dados à luz de um processo genérico que tende a ocorrer
como respostas organísmicas.
2.1.1 Características do Método
São características
básicas do método a definição tão precisa quanto possível dos comportamentos a
serem atingidos, quer para implantá-los, quer para removê-los ou alterá-los, e
um sistema de controlo pelo qual seja averiguado o processo de mudança.
Em certos tipos de
tratamento são usados medidores de estados de tensão ou de relaxamento, bem
como outros indicadores - médicos ou psicológicos - de condições orgânicas ou
de estados emocionais.
Tais procedimentos, como
se poderá inferir, produzem efeitos satisfatórios em numerosos casos. A
dificuldade consiste, como nas demais categorias de métodos, em identificar o
método adequado a uma determinada desordem comportamental.
2.1.2 Terapia Médica ou Somática
Nesta modalidade
profiláctica ou terapêutica há sempre necessidade de se recorrer a uma equipa
multidisciplinar, em que actuem médicos, psicólogos, fisioterapeutas,
terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos e outros profissionais. É possível
conjecturar, embora haja poucos estudos concludentes, que muitos distúrbios do
comportamento, chamados estruturais ou de temperamento e, portanto, de origem
predominantemente genética, sejam beneficiados com esse tipo de assistência,
bem como os que resistem aos tratamentos psicoterápicos conhecidos.
Pode ser incluído neste
tópico um variado elenco de procedimentos que vão desde exercícios físicos ou
relaxamento, até fisioterapia e processos bioquímicos. Muitas acções
cirúrgicas, bem como as plásticas, ortopédicas ou alimentares, podem ser úteis.
As revistas médicas mencionam a acção sedativa de neurolépticos sobre o sistema
nervoso, reduzindo estados de excitabilidade, bem como o efeito de várias
drogas sobre o comportamento em geral (COLEMAN, 1973; SPOERRI, 1974).
A quimioterapia é um
tratamento que parece apresentar dados promissores, quando os processos
patológicos são desencadeados por fenómenos orgânicos e é um recurso auxiliar
também nos casos de desordens funcionais para remissão ou alívio de sintomas,
facilitando à pessoa tornar-se acessível a actividades do dia-a-dia, a
ocupações profissionais e à psicoterapia. A quimioterapia provoca redução,
ainda que temporária, do medo, da angústia, da agressividade, da depressão ou
de outras manifestações inadequadas à situação, consegue reambientar as
pessoas, diminuir alucinações e delírios e abrir perspectivas para uma retomada
das suas actividades habituais, o que as ajuda no plano emocional de
auto-afirmação e de relacionamento social e, assim, indirectamente, contribui
para a melhora do quadro geral.
Beitman (1981), citando
inquérito entre membros da Associação Psicanalítica Americana, menciona que
cerca de 60% dos analistas usa medicamentos em alguns dos pacientes. Lesse
(1978) afirma ter obtido 83% de resultados satisfatórios com o uso de
psicoterapia e tratamento farmacológico combinado, em um período de três
semanas, em um grupo de clientes com severa depressão. O mesmo autor assinala
que no caso de depressões profundas, com ideias de suicídio, o tratamento
puramente psicoterápico mostrou-se inferior ao tratamento combinado com drogas.
Ao mencionarmos a
relação físico-psíquica na etiologia e no tratamento de distúrbios mentais e
emocionais, poder-se-ia distinguir as técnicas psicossomáticas das
somatopsíquicas.
No primeiro caso,
estaria o tratamento de desordens corporais por processos psicológicos; no
segundo, o tratamento das perturbações da personalidade por processos físicos
ou fisiológicos. Essa distinção é apenas, didáctica, pois o organismo se
comporta como um conjunto interdependente. O que se comenta, no momento, é a
terapia de desordens mentais ou emocionais por procedimentos somáticos,
geralmente afecto à Medicina e áreas paramédicas.
2.1.3 Reflexologia
A reflexologia é baseada
nas contribuições de Pavlov e Bechteéew, na Rússia, e de Watson, nos Estados
Unidos. Foi à precursora da terapia comportamental. Os factos psicológicos são
vistos como eventos fisiológicos, não havendo lugar para a consciência. As
teorias sobre o associacionismo e os conceitos sobre Inibição e excitação são
importantes na compreensão e no tratamento dos eventos comportamentais. O objectivo,
segundo Salter, é “desinibir a inibição e atinge-se esse objectivo com o que podemos
chamar de química verbal”. O desajustamento é um processo de aprendizagem e
assim é a psicoterapia. O “equilíbrio entre a excitação e a inibição é a base
da vida normal” (Wolpe, Salter e Reyna, 1966).
Os procedimentos podem
incluir diálogos, manipulação ambiental, drogas e aparelhagem variada que actuem
para desinibir os focos da inibição condicionada. Muitas técnicas de “controlo
mental”, de “controlo emocional”, exercícios de concentração e de descontracção
sensorial, estimulação ou tranquilização enquadram-se nesta categoria,
inclusive sistemas de controlo electromecânicos ou electrónicos relacionados
com o uso de biofeedback.
2.1.4 Fisicultura, Exportes e Manipulação Corporal
Embora não haja
pesquisas suficientes sobre os efeitos psicológicos decorrentes de determinadas
práticas de educação física ou de exportes, a observação vem mostrando
influência favorável dessas actividades, no ajustamento pessoal e social. A
redução de tensões pela activação de funções fisiológicas ou pelo relaxamento
programado, assim como sentimentos de auto-afirmação, são alguns dos efeitos
observáveis.
Incluem-se neste grupo
de procedimentos todas as actividades relacionadas com ginástica (diferentes
modalidades), exportes individuais e colectivos e actividades de lazer
combinadas com exercícios físicos. Podem incluir, também, regimes dietéticos,
alteração de hábitos de higiene e de saúde física, tracto da aparência, do
vestuário, da postura e ele expressões corporais como, até mesmo, a redução ou
eliminação de problemas ortopédicos.
Santos (1982), diz que geralmente
a terapia pela cultura física é feita individualmente ou em grupos através de:
1) Programação de exercícios físicos variados e agradáveis, diariamente ou
algumas vezes por semana; 2) Organização de grupos para competições adequadas
ao nível de desempenho, idade e interesse dos participantes; 3) Sessões de
relaxamento e recreação, inclusive dança, música, meditação e repouso,
articuladas com a programação física.
Solemon e Bumps (1978)
apresentam um novo método para induzir o relaxamento físico empregando corrida
lenta, de longa distância, combinada com meditação. O método baseia-se nas alterações
fisiológicas e consequente mudança no estado de consciência ocorrida,
similarmente, na corrida e na meditação. A combinação dos dois efeitos seria
vantajosa como coadjuvante terapêutico.
Os processos
tradicionais de fisicultura (exercícios, condicionamento físico, exportes,
competições) vêm sendo questionados e até combatidos pela antiginástica e pela kinesiterapia
(Bertherat, 1979) com base na teoria de que o corpo nos seus estados de
rigidez e tensão retracta, exactamente, os conflitos, repressões e angústias
que permanecem insolúveis. Há toda uma linguagem corporal que precisa ser
previamente interpretada e trabalhada tomando-se consciência do corpo nos seus
movimentos e expressões. Assim, muitas práticas esportivas e de ginástica podem
actuar no sentido inverso mantendo ou desenvolvendo desequilíbrios tensionais
preexistentes.
2.1.5 Técnicas Sugestivas e Hipnóticas
A sugestão sempre
exerceu papel terapêutico e suas aplicações remontam à Antiguidade, inclusive
no que se refere à influência de agentes extraterrenos ou místicos.
Um dos procedimentos
conhecidos, proposto por Coué (1936) e, posteriormente, desenvolvido por outros
autores, consiste em levar o cliente a repetir que, dia-a-dia acha-se melhor,
bem melhor, praticando pouco a pouco um processo de encorajamento pessoal e de
confiança em si. O treinamento autógeno (SCHULTZ, 1959) forma mais actualizada
de aplicação do método, combina a auto-sugestão com o relaxamento.
A hipnose é usada como
método auxiliar (ERICKSON, 1947). É útil em várias situações, principalmente na
remoção de sintomas que facilite posterior introdução de outros agentes
terapêuticas. Várias considerações sobre hipnose são encontradas em Spiegel
(1978), em Moraes Passos (1975), nos já mencionados trabalhos de Erickson e em
Wolberg (1977).
2.1.6 Arteterapia
Inclui grande variedade
de acções no campo da música, pintura, escultura, literatura, bem como na
expressão corporal (dança, ginástica, artes marciais, exercícios grupais), seja
como trabalho terapêutica individual ou em grupo, como redutor de tensões
(música no trabalho, na escola, em hospitais, etc.).
A dança-terapia e o uso
do movimento corporal sendo bastante utilizada na redução de tensões, no
desenvolvimento motor e afectivo. Segundo afirma Serra (1981) coube à Laban
(1950) abrir caminhos novos com base na qualidade do movimento e a Kestenberg
(1967) enfatizá-los no desenvolvimento das estruturas psíquicas da criança. Há;
nestes casos, íntima relação com as terapias de manipulação corporal citadas em
item anterior. Vários programas de actividades artísticas vêm sendo
desenvolvidos com doentes mentais que incluem, principalmente, a criatividade e
a recuperação da própria identidade. Nessa área destaca-se o trabalho de J.M.
Erikson (1976).
2.1.7 Ludoterapia
A Ludoterapia é aplicada principalmente em crianças, pode ocorrer sob
várias orientações terapêuticas, sejam freudianas, rogerianas, comportamentais,
ou outras. Utiliza-se das expressões livremente ensejadas pelos participantes
ou decorrentes de jogos e situações provocadas pelo terapeuta. Baseia-se na
acepção de que os sentimentos livremente expressos são importantes para a
criança, independentemente do que diga ou faça, embora haja limites que lhe
permitam ajustar-se à realidade e torná-la consciente de sua responsabilidade
na relação estabelecida com pessoas e objectos (AXLINE, 1980; GONDOR, 1954).
2.1.8 Biblioterapia
De acordo com (SANTOS,
1982) a biblioterapia consiste em um procedimento livre ou dirigido de leituras
que propiciam ao cliente informação, instruções e encorajamento como, também,
meios de reflexão e de auto-análise. Um dos inconvenientes é não permitir o
diálogo podendo, em certos casos, conduzir o cliente a interpretações inadequadas
de sua situação. Menninger (1937) e Schneck (1945) citados pelo mesmo autor diz
que estes foram alguns dos poucos especialistas que, em anos passados, tentaram
sistematizar a literatura sobre esse procedimento.
2.1.9 Semântica
Consiste em rever,
comentar e explorar o sentido de palavras e expressões que o cliente usa para
se conceituar ou para explicar suas frustrações e conflitos. Os esclarecimentos
linguísticos permitem reduzir ou eliminar as ilogicidades de pensamentos, actos
e conceitos codificados pela linguagem. Os símbolos linguísticos são revistos e
analisados em função das aspirações e necessidades da pessoa e da maneira como
ela reage a esses conceitos. Korzybski (1941) é considerado o pioneiro do
método.
2.2 Modificação do Comportamento
Aconselhando,
orientando, intervindo na conduta, o psicólogo ou terapeuta visa modificar
comportamentos existentes e promover a instalação ou aprendizagem de outros. A
expressão “modificação do comportamento” (“behavior modification”) tem
prevalecido como título da nova abordagem, ainda que pareça imprópria, eis que
todo processo de aconselhamento ou de psicoterapia tem como alvo modificações
comportamentais.
Os estudos e
preocupações com as mudanças de comportamento, entendidas como tais as
respostas a certos estímulos, podem ser, sob nomes e situações diversas,
localizados nas mais longínquas épocas, desde que o homem tenha modificado sua
conduta face aos resultados ou consequências que sente ou observa. Os estudos
de laboratório datam, porém, do século passado dentre os quais os de Ebbinghaus
e de Thotndike. Posteriormente, Pavlov, Hull e outros pesquisadores ofereceram
novas contribuições até que, com Watson (1930), Skinner (1938, 1967,1968),
Bandura (1961), Lazarus (1971, 1972, 1977) e outros especialistas do campo, as
implicações teóricas e práticas alcançaram quase todos os domínios da
psicologia, inclusive o aconselhamento e a psicoterapia, ramificando-se em
teorias e acções suplementares e, por vezes, um tanto divergentes entre si.
O princípio básico da
teoria comportamentalista é o de que o comportamento humano, como o dos
animais, é função de fenómenos que o precederam, isto é, de antecedentes que
facilitam, dificultam ou impedem o surgimento de uma dada resposta. É claro,
também, que essa mesma resposta pode ser afectada por factores constitucionais,
inatos, não observáveis o que, todavia, não invalida o princípio geral. As
consequências de um comportamento podem, também, modificar a ocorrência de
outro, do qual é um antecedente. Manipular os antecedentes, os consequentes e
os mediadores (processos encobertos, não directamente observáveis) torna, pois,
o comportamento passível de mudança.
2.3 Princípios Teóricos
e Práticos
Estes princípios
teóricos e práticos são geralmente aplicáveis às situações de aconselhamento e
de psicoterapia:
a.
O comportamento é função do ambiente.
Controlamos e somos controlados. Os eventos que ocorrem em torno de nós modelam
o nosso comportamento. O controlo ocorre principalmente pelo reforço e pela
punição.
b.
O comportamento é aprendido quando, ao
ocorrer, é de alguma forma “recompensado”. A expressão “reforço” significa
recompensa ou gratificação.
c.
Se a uma resposta casual ou espontânea
seguir-se um estímulo reforçador, a força dessa reacção (resposta) será
aumentada; se não o for, sua frequência, no futuro, será menor. As respostas,
reforçadas ou não, terão, assim, maior ou menor probabilidade de ocorrer no
futuro.
d.
Há reforços positivos e negativos. Os
primeiros consistem na apresentação de estímulos, no acréscimo de alguma coisa
à situação, tal como alimento água, contacto sexual, etc. Os outros consistem
na remoção de algo perturbador, por exemplo muito barulho, luz intensa, choque
eléctrico, frio ou calor intenso, etc. Além destes, há reforços secundários ou
estímulos que, associados aos anteriores, actuam como eles.
e.
Enquanto o reforçamento torna as respostas
mais frequentes, sua falta ou ausência extingue a resposta.
f.
A consequência da retirada do reforço
positivo é uma redução na frequência das respostas, e a consequência da remoção
de algo desagradável (reforço negativo) é um aumento dessa frequência.
g.
Para que sejam eficazes os estímulos
reforçadores, é preciso que eles surjam logo após a resposta casual ou
espontânea. Um intervalo maior do que alguns segundos pode reduzir de muito o
efeito reforçador. O reforçador deve ocorrer exacta e imediatamente após a
concretização do comportamento a ser aprendido. Caso isso não se verifique, um
comportamento diferente pode instalar-se.
h.
O acto de aprender é uma modelagem
paulatina do comportamento através de reforços. Estes podem ser usados e planeados
na situação de aconselhamento e terapia de várias maneiras, usando-se
intervalos e meios para discriminar e generalizar.
i.
Mudar o comportamento é mudar as
consequências e rearranjar as “contingências do reforçamento”.
j.
A aprendizagem ou mudança comportamental
ocorre através de quatro tipos de processos:
- Discriminação
- Generalização
- Encadeamento
- Modelação.
k.
O comportamento seguido de consequências
reforçadoras (recompensa) tem maior probabilidade de ocorrer novamente.
l.
O comportamento seguido de consequências
aversivas (punição) tem menor probabilidade de ocorrer novamente, mas a força
relativa da punição em alterar o comportamento é pequena, comparada com a força
do reforçamento positivo.
m.
O comportamento que não for reforçado
tende a se extinguir.
n.
Confirmar ao cliente que ele modificou seu
comportamento em direcção a um resultado desejado é reforçador para ele.
o.
A principal diferença entre os que
aprendem é a rapidez com que ocorre a aprendizagem, não a maneira como ela ocorre.
p.
Uma das contingências de reforçamento mais
importantes é o tempo que medeia entre o comportamento e o reforçamento. Quando
as consequências positivas ocorrem imediatamente após o comportamento, as
probabilidades de que este venha a ocorrer novamente são maiores do que se
houver uma demora.
q.
A transferência do comportamento de uma
situação para outra depende de provocá-lo na situação mais próxima possível da
realidade que se quer atingir.
r.
Outra contingência importante é o esquema
de reforçamento, isto é, a consequência intermitente ou contínua. O mais
eficiente para instalar novos comportamentos é o esquema de reforçamento contínuo
(que ocorre sempre após a emissão da resposta), e para manutenção do
comportamento é o esquema intermitente (que ocorre de vez em quando sem
que a pessoa saiba quando ocorrerá, mas espera que ocorra).
s.
O intervalo entre os reforços é
importante. Em geral é mais eficiente iniciar reforçando o comportamento toda
vez que ele ocorra e, a seguir, deixar de reforçar em algumas ocasiões.
Passa-se depois a reforçar ao acaso de maneira a manter-se o comportamento
desejável.
t.
Finalmente, para que o comportamento possa
ser instalado, é preciso que o cliente emita esse comportamento.
As aplicações desses
princípios em situação de aconselhamento ou terapia exigem muitas situações
previamente programadas: nesse caso, o Terapeuta e cliente procuram:
a)
Identificar o comportamento que se quer
instalar;
b)
Determinar o critério ou nível de
realização adequado ou desejável;
c)
Criar condições em que apareça o
comportamento desejado e os reforçadores adequados;
d)
Aplicar o esquema de reforçamento mais
adequado;
e)
Escolher situações que mais se aproximem:
do real;
f)
Minimizar a possibilidade de erros ou punições;
g)
Criar um procedimento para a ocorrência da
resposta desejável e verificar a manutenção desse comportamento.
2.4 Fé, Misticismo, Parapsicologia e áreas Correlatas
Neste conjunto de
recursos, condenado por muitos, aceito por outros, mas aberto a conjecturas,
haveria que distinguir algumas posições principais, a saber:
1)
Procedimentos que, embora sob denominações
diversas, incluem-se no campo da fisiologia e da psicologia convencional ou da
ciência em geral;
2)
Procedimentos relacionados com doutrinas
ou práticas não ortodoxas, baseados em “forças” ou agentes sobrenaturais;
3)
Procedimentos parapsicológicos que incluem
parte do primeiro grupo parte do segundo e fenómenos ainda pouco esclarecidos.
A primeira posição pouco
acrescenta, do ponto de vista científico actual, aos procedimentos que a
ciência dispõe; apenas muda-se de nome e tenta-se criar uma doutrina própria. O
ritual que os acompanha é, geralmente, parte de um revigorante influxo sugestivo
ou um processo bem elaborado de condicionamento operante e, desse modo, produz
resultados. Podem ser incluídos neste grupo: o Hinduísmo, para estados
de tensão e que compreende, em geral, relaxamento muscular, meditação e,
depois, concentração em soluções objectivas para os problemas; a Yoga, uma
variante do hinduísmo que visa ao autocontrolo, em vários estágios; o Budismo,
que busca o controlo de todos os desejos e o domínio de si mesmo como
técnica para eliminar sofrimentos; o Zen-budismo, baseado na intuição e
na iluminação, na procura de maneiras diferentes de solver problemas; muitas
técnicas orientais, influências astrais e de fenómenos da natureza (Barter,
1967).
A meditação, outrora
pertencente apenas ao campo do comportamento esotérico, próprio de certos
rituais orientais, é hoje um procedimento aplicado como recurso terapêutico
básico ou associado a outros métodos. Maupin (1965) é considerado um dos
pioneiros nas investigações e aplicações experimentais do método. Deikman
(1966) paralelamente, relata que a meditação pode induzir a pessoa a
libertar-se de estereótipos mentais e atingir formas mais agradáveis de encarar
as realidades existentes.
A meditação pode
relacionar-se, no plano teórico ou operacional, a outros procedimentos, tais
como o treinamento autógeno, de Schultz, à Yoga, à auto-regulação do processo
cerebral e aos processos genéricos de tomada de consciência (Chang, 1978):
Estudos citados por Hart e Tomlinson (1970) indicam a ocorrência de mudanças
fisiológicas devidas à meditação e que a pessoa “pode aprender a controlar suas
ondas mentais” (p. 588). Dizem os mesmos autores que “se o homem puder aprender
a controlar sua própria consciência, através da combinação de antigas técnicas
com a moderna tecnologia, estaremos entrando em uma nova idade cultural”.
A meditação lembra,
ainda, a Terapia Morita (Chang, 1978) e implicações em áreas correlatas tais
como a percepção do próprio Eu, um recurso para entender a consciência e o uso
de processos subjectivos para controlo mental. Infelizmente,
Há poucas pesquisas
significativas sobre tão fascinante campo e muitos métodos e técnicas são,
apenas, comercialmente explorados.
Na segunda posição podem
ser encontrados certos cultos e crendices com grande variedade de actuações
físicas, materiais e espirituais; pode incluir superstições, magias e
correlatos.
Embora a dimensão do
transcendente em terapia não seja ignorada pela ciência psicológica, sua
deturpação sob a forma de rituais exóticos é francamente questionada pelos
riscos que a obsessão e a compulsão podem acarretar. Sacrifícios pessoais e
actos anti-sociais podem ter origem em posições místicas inabaláveis. Muitos
líderes carismáticos, actuando sobre pessoas emocionalmente imaturas ou em
extremos graus de ansiedade ou sofrimento, podem converter-se em “agentes” de
cura ou de solução de problemas. O culto de imagens, de pessoas vivas ou
mortas, de gestos, de palavras e de hábitos, bem como as expiações
deliberadamente impostas e deliberadamente aceitas, inclusive autotortura e
flagelamento, em funções de certos “deuses” ou símbolos mágicos, é actuação
comum notadamente em povos primitivos e nos habitantes marginalizados de
grandes concentrações urbanas.
Os sistemas com base na
fé podem produzir curas, seja por efeitos sugestivos, seja por modificação bio
psíquica resultante de redução de tensão, seja por outros fenómenos ainda não
totalmente explicados. Neste grupo encontram-se toda sorte de acções, inclusive
as que ocorrem em sessões espíritas.
Em uma terceira posição
encontra-se um conjunto de factos e de actuações na área da Parapsicologia e, a
julgar pelos dados existentes até o momento, segundo a maioria dos autores, “os
fenómenos parapsicológicos, na realidade, não passam de fenómenos psicológicos”
(Ribas, in Amadou, 1969). Embora essa afirmação tenha certo conteúdo de
verdade, não se pode negar a existência de outros fenómenos (as funções psi)
que não se acham, ainda, suficientemente explicados pela psicologia comum ou
científica.
É pensamento do autor
que o aconselhamento e a terapia psicológica por procedimentos parapsicológicos
enquadram-se, embora não nominalmente, na vasta gama de métodos e técnicas já
conhecidos, principalmente nos procedimentos reflexológicos, comportamentais,
persuasivos e sugestivos. Há que se admitir, todavia, a possível ocorrência de
eventos que, embora possam se enquadrar no campo científico que conhecemos,
ainda assim constituem áreas que precisam ser consideradas e investigadas.
Segundo Amadou, a
utilidade da parapsicologia consiste em permitir melhor conhecimento da
natureza psicológica e fisiológica do homem. “Se a psicologia profunda dá às
manifestações paranormais o seu sentido pessoal e as recoloca no seu contexto
individual, em compensação a parapsicologia enseja aos analistas não vaguearem
acerca da interpretação de determinada manifestação paranormal e os habilita a
compreender e a fazer compreender melhor ao paciente seu próprio inconsciente,
permitindo-lhe que actue sobre ele” (Amadou, 1969). Em suma, não parece haver,
até o momento, suficientes razões para se acreditar em métodos e técnicas
exclusivamente parapsicológicas, com causas, procedimentos e resultados
próprios de um novo sistema psicológico. Contudo, um estudo de procedimentos
nessa área é indispensável.
2.5 Aconselhamento e Terapia em Processos de Grupo
A literatura
psicológica, em geral, cita Pratt como pioneiro do trabalho em grupo com
finalidades profilácticas e terapêuticas, ao reunir tuberculosos, internos de
um hospital, nos Estados Unidos, em 1905, e levá-los a discutir seus problemas
de vida. Moreno, em 1920, é também citado e, especialmente, Kurt Lewin, ao
propor, em 1947, os famosos “T-Group” (grupos de treinamento). Posteriormente
surgiram inumeráveis proposições sobre o assunto e estudos sobre os processos
grupais. Há grande variedade de alvos e de técnicas para aconselhamento e
terapia em grupo e de grupo. Algumas formas de actuação têm objectivos claros e
exclusivos; outros são semiconcentrados em determinadas áreas ou assuntos;
outros, enfim, deixam a direcção e o conteúdo dos assuntos a cargo do próprio
grupo. Do ponto de vista da estrutura e da dinâmica grupal podem ser geralmente
encontrados os seguintes estilos operacionais:
1. Grupos orientados
ou dirigidos, nos quais a discussão e as contribuições dos participantes
são concentrados pelo líder (monitor ou facilitador) em alguma tarefa,
sentimento ou atitude que constitua um alvo específico de interesse comum do
grupo ou de uma organização. Tais grupos geralmente se associam ao contexto
sociocultural ou ambiental e têm, na maioria das vezes, uma finalidade
psicopedagógica, isto é, visam desenvolver comportamentos considerados úteis ou
necessários;
2. Grupos de apoio ou
de estímulo, destinados a encorajar e manter certas atitudes e hábitos, bem
como desestimular outros tais como o uso de drogas, delinquência, etc. São
exemplos o A.A.A., para alcoólatras, o “synamon”, para toxicómanos, os centros
de valorização da vida e outros. Geralmente concentram-se na solução de
problemas específicos.
3. Grupos de livre
iniciativa, dos quais os Grupos de Encontro são um exemplo, bem como certos
tipos de comunidade terapêutica. Enfatizam a liberdade de expressão e de
experienciação, a melhora das relações interpessoais e a redução de tensões.
2.5.1 Tipos de Grupos
Os grupos variam quanto
a sua composição, duração e instrumentação utilizada. Podem ser abertos (para
qualquer pessoa, em qualquer momento) ou fechados (destinados a certas
pessoas); podem ter duração ilimitada e não programada ou, ao contrário,
obedecer a rígidos limites de datas, horários e locais; podem ser conduzidos em
ambientes especiais ou não e podem utilizar apenas a verbalização, ou as
posturas e a abordagem corporal, bem como leituras, actividades lúdicas,
profissionais e de lazer ou entretenimento.
Todos esses estilos, sua
fundamentação teórica e sua técnica são aplicados em diferentes situações tais
como na terapia familiar, na terapia conjugal, na terapia
profissional, na terapia infantil (combinada com a ludoterapia), na terapia
de idosos, na terapia de doentes ou de pessoas segregadas nas prisões ou
instituições sociais e assim por diante. Muitos dos processos grupais já
adquiriram nomes próprios, tais como Psicodrama, A.A.A., Grupo de Encontro,
etc.
Sabem todos quantos
operam em grupos que os comportamentos em situação grupal podem ser muito
distintos dos que ocorrem na relação diádica, entre terapeuta ou conselheiro e
cliente. Embora possa parecer simples, mesmo em grupos não dirigidos, o
trabalho do terapeuta, ou de dois ou mais terapeutas operando em conjunto, é um
processo complexo. Em geral, os grupos são organizados e conduzidos (ou
facilitados) de acordo com a fundamentação doutrinária a que se filiam seus
condutores ou facilitadores. Há grande diferença de procedimentos, por exemplo,
entre as acções manifestas ou conduzidas em um grupo liderado por um psicólogo
comportamentalista e as decorrentes de um psicólogo de formação freudiana,
adleriana ou rogeriana.
Além da diferenciação
doutrinária que se caracteriza pelo tipo de verbalização, interpretação ou
intervenção do terapeuta, há, ainda, que considerar dois alvos bem distintos:
a) o grupo como alvo terapêutico e o grupo como agente terapêutico
na pessoa. O grupo sempre representa uma dimensão social que envolve a maneira
como as pessoas se comunicam, como efectuam transacções e interagem em geral.
Pode haver, pois, uma concentração no plano colectivo, no grupo como um
organismo ou, por outro lado, com a pessoa e com a forma pela qual
responde ela à situação grupal. No primeiro caso temos a terapia de grupo; no
segundo a terapia em grupo.
Os efeitos das terapias
em situação de grupo são difíceis de avaliar, dada a extrema variedade de casos
e situações. Faltam dados concludentes sobre composição de grupos, sobre sua
duração e características metodológicas. A maioria dos autores concorda em que
o grupo oferece apoio, estímulo e contacto com a realidade e,
nesses aspectos, sobrepõe-se à terapia individual.
3 Considerações Finais
No presente trabalho
percebeu-se que nos métodos mistos e métodos
centrados no problema antes do processo de
aconselhamento e psicoterapêutico faz-se a avaliação das condições da pessoa,
isto é, faz-se um estudo total na pessoa, as suas características do problema,
da situação a manipular e das alternativas de tratamento existentes. Olha-se
mais o plano cognitivo, com ênfase no processo
do problema. E durante o processo de aconselhamento e psicoterapia
são usadas diversas maneiras ou procedimentos visando resolver o problema da
pessoa e a cada momento nota-se que esses procedimentos produzem efeitos
satisfatórios em numerosos casos. Para tal faz-se a definição dos
comportamentos a serem atingidos, quer para implantá-los, quer para removê-los
ou alterá-los, e um sistema de controlo pelo qual seja averiguado o processo de
mudança. Notamos assim que sendo feito todo o estudo do paciente em relação as
suas condições do problema e bem definido os objectivos a serem alcançados no
tratamento é possível mudar os comportamentos perturbadores no paciente pois
com todas as técnicas aqui abordadas bem aplicadas seria possível mesmo
colmatar o problema. Assim, o psicólogo seria um facilitador
desse processo, justamente por possuir conhecimentos necessários à condução do
processo juntamente com o cliente. O foco é sempre o indivíduo e sua
experiência de crescimento pessoal. Cabe a esse profissional ter clareza acerca
das técnicas empregadas e reflectir constantemente sobre a evolução do cliente,
seus desafios, suas transferências, suas contratransferências.
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