Passos para a elaboração da monografia cientifica
1. Introdução
Tomando-se por base a elaboração de uma monografia, é
necessário antes de mais perceber o que é realmente uma monografia. Para tal, vou
aqui buscar algumas definições sobre o assunto, a saber:
De acordo com a Universidade Pedagógica de Moçambique (2009,
p.5-6) monografia científica é um documento que representa o resultado de um
trabalho científico que aborda um problema de pesquisa, devidamente delimitado
e desenvolvido com uma atitude científica. Entretanto, esta mesma monografia
deve ser feita sob a orientação de um supervisor, pois visa a obtenção do grau
de Licenciatura.
Já a Universidade Federal do Paraná (2002, p.2) entende o
termo Monografia como a exposição exaustiva de um problema ou assunto
específico, investigado cientificamente. Para esta entidade, o trabalho de
pesquisa pode ser denominado monografia quando é apresentado como requisito
parcial para a conclusão de curso.
Por meio dessas duas definições, é possível notar uma
convergência: “problema específico” que deve ser focalizado na monografia, ou
seja, uma monografia requer um estudo teórico sobre um tema específico (ou
único), que deve permear todo o trabalho.
Em suma, caro leitor, a monografia é apenas o resultado de
um estudo profundo sobre um assunto visto pelo estudante como sendo de
interesse pessoal, até social, sendo o seu meio (ou forma) de registo dos
resultados obtidos.
2. Fundamentos da
monografia
Companheiro, você ao elaborar a sua monografia, terás como
ponto de partida seleccionar o fenómeno (assunto) a ser investigado. Assunto a
ser investigado é nada mais nada menos que uma situação particular que ainda
não está amplamente resolvida, ou sistematizada pelo conhecimento científico.
Ou seja, o seu tema deve constituir-se uma novidade a nível académico e social,
pois quando o tema não constitui uma novidade, não terá muita relevância e não
vai conquistar o público leitor.
O autor, no processo da elaboração da sua monografia não se
deve esquecer que o assunto a ser pesquisado, traduz-se, em questionamentos ou,
como referem Adami e Serralvo (2013) que se denomina em “problema da pesquisa”.
Assim, o problema da pesquisa é expresso por uma pergunta, em geral chamada de
“pergunta de partida”. É a partir da delimitação do assunto a ser estudado que
se elabora a pergunta de partida e, sobre a qual, o trabalho será desenvolvido,
mas essa questão vamos explicar melhor a seguir.
3. Estrutura da
monografia científica
Antes de apresentarmos a estrutura completa de uma
monografia cientifica, vemos que é importante ter-se uma visão geral do que
realmente se trata quando falamos de um trabalho de monografia. Apresento a
seguir a tabela 1 que apresenta de forma sumária os pontos centrais de uma
monografia.
Problema
|
Objectivos da pesquisa
|
Revisão teórica
|
Trabalho empírico/trabalho de
campo
|
resultados
|
Objecto de estudo
|
Procedimentos metodológicos
|
|
3.1. Problema
O problema de pesquisa é aquilo que incomoda o autor da
monografia. Neste ponto, deve-se situar o problema de forma a ser mais claro e
perceptível. Caro estudante, descrever um problema de pesquisa tem dois (2)
momentos:
O primeiro momento é onde você descreve o problema no seu
todo, você deve descrever o que está a acontecer ou o que acontece e o que
deveria ser. Neste ponto, temos apenas estas duas situações e que as mesmas
devem estar bem claras.
O segundo momento é onde você formula a sua indagação de
pesquisa, isto é, a pergunta de partida, que deve estar espelhada com o tema e o
problema que você descreve, sem, no entanto, haver discrepâncias. Portanto, no
problema de pesquisa você descreve o “O quê?”.
Conforme referimos
antes, o problema da pesquisa é expresso por uma pergunta, em geral
chamada de “pergunta de partida”. É a partir da delimitação do assunto a ser
estudado que se elabora a pergunta de partida e, sobre a qual, o trabalho será
desenvolvido.
Exemplo de um tema e sua pergunta de partida:
Imaginemos que você como estudante, pretende falar da “Importância da propaganda nas vias públicas
para a expansão dos negócios”.
A sua pergunta de partida, pelo menos poderia ser: Qual é a importância da propaganda nas vias
públicas para a expansão dos negócios?
Neste sentido, o a ser investigado é o “papel da propaganda
nas vias públicas”.
3.2. Justificativa
Na justificativa você apresenta os motivos da escolha do
tema, você explica as razoes que te levaram a escolher o tema. Portanto, neste
ponto, diz-se a relevância da pesquisa para si e para a sociedade. Por exemplo,
no casamento nós podemos dizer os motivos do porquê nos casamos com uma certa
pessoa, alguns podem dizer que me casei com ele/ela porque é uma pessoa
amorosa/o, amistosa/o, sensível, sensata/o. Outros casam-se pela atracção de
beleza da pessoa.
Então, a justificativa vai por esse caminho, você descreve o
“Porquê?”.
Portanto, “procura-se aqui demonstrar a legitimidade, a
pertinência, o interesse e a capacidade do aluno em lidar com o referido tema”
(Cervo & Bervian, 2002, p. 127).
Para Lakatos e Marconi (1992), é a parte do trabalho que
apresenta respostas à questão do porquê da realização da pesquisa. É de suma importância para conseguir
financiamento para a pesquisa e para demonstrar a relevância da mesma.
3.3. Objectivos do trabalho
Apresentado a justificativa do tema, devem-se estabelecer os
objectivos do trabalho (geral e específicos).
Neste campo, você define os seus objectivos da pesquisa.
Lembrar que os objectivos obedecem dois (2) momentos.
O primeiro momento é onde você define o objectivo geral, que
sempre é apenas um. Nesta parte, deves prestar atenção em relação aos verbos
usados para elaborar o objectivo geral. Abaixo colocamos alguns verbos usados
para elaboração de objectivos gerais:
Analisar; compreender; conhecer; aprender; distinguir; avaliar,
etc.
O segundo momento você define os objectivos específicos, que
geralmente devem ser três (3) no máximo, e em alguns casos, podem ser quatro
(4) sem, no entanto, exceder esse limite. É importante lembrar que objectivos
de uma monografia são diferentes de objectivos de uma unidade temática, pois
nestes casos, os objectivos são muitos, enquanto na monografia há limites.
Abaixo colocamos alguns verbos usados para elaboração de objectivos
específicos:
Identificar, descrever, indicar, propor, discriminar, demonstrar,
inferir, explicar, estabelecer, etc.
Portanto, nos objectivos da monografia, responde-se à
pergunta do tipo “Para quê?”.
É preciso prestar atenção ao definir os objectivos, pois
estes devem estar espelhados com o tema e a pergunta de partida. E referir
ainda que os objectivos específicos são muitas vezes usados na revisão de
literatura, ou seja, os objectivos específicos são transformados em títulos que
farão parte da revisão de literatura.
É importante lembrar que os objectivos são a projecção dos
resultados esperados. Após a determinação dos objectivos, deve-se verificar a teoria
de base que melhor se adeqúe à investigação proposta.
3.4. Questões de pesquisa
e Hipóteses
Dependendo da abordagem da pesquisa, o autor da monografia
pode escolher entre questões de pesquisa e hipóteses. Tem se dito que para
trabalhos de natureza qualitativa, é mais aconselhável o uso de perguntas de
pesquisa, e para trabalhos cujo o cunho é quantitativo ou misto, recomenda-se o
uso das hipóteses, mas a escolha depende de cada autor e tipo de fenómeno a ser
investigado.
3.4.1. Questões de pesquisa
Relativamente as questões de pesquisa são aquelas elaboradas
a partir dos objectivos específicos. Estas deverão nortear o trabalho empírico
(trabalho de campo). Aqui, responde-se à pergunta relacionada ao “O quê?”
3.4.2. Hipóteses
Quanto as hipóteses, conforme referimos antes que dependendo
do tipo de abordagem que a pessoa vai escolher, pode ser necessário o uso das
“hipóteses”. Outros casos, as pessoas substituem questões de pesquisa por
hipóteses. Contudo, hipótese é uma proposição que pode ser colocada à prova
para determinar sua validade.
Para Rudio (1980), hipótese é uma suposição que se faz na
tentativa de explicar o que se desconhece. Esta suposição tem por
característica o facto de ser provisória, devendo, portanto, ser testada para a
verificação de sua validade. Trata-se de antecipar um conhecimento na
expectativa de que possa ser comprovado.
Neste sentido, hipótese é uma suposta resposta ao problema a
ser investigado. A origem das hipóteses poderia estar na observação
assistemática dos factos, nos resultados de outras pesquisas, nas teorias
existentes, ou na simples intuição (Gil, 1999).
3.5. Revisão de teórica
A revisão teórica que também é denominada de teoria de base
deve centrar-se em autores aceitos pelo meio académico. Neste ponto, caro
estudante, você traz à tona os vários autores que abordam o fenómeno que
trazes, devem ser autores que abordam detalhadamente o assunto que norteia a
sua pesquisa.
Segundo Oliveira (2011) esta seção deve conter o
levantamento bibliográfico preliminar que dará suporte e fundamentação teórica
ao estudo. Mas, atenção, não se trata de uma relação de referências
bibliográficas (nomes de livros, artigos e autores), nem de um “glossário” com
vários conceitos. Por isto, é fundamental que o (a) autor (a) cite os
principais conceitos relacionados ao trabalho, de modo dissertativo, mostrando
as relações entre os mesmos.
Você como autor da pesquisa, tem de procurar dar início à
construção da moldura conceptual sobre o tema que será pesquisado, mostrando
ligações entre a bibliografia a ser pesquisada e a situação problema que se
pretende solucionar. Mencione, com citações directas ou indirectas, e discuta
pelo menos um estudo que tenha relação com o tema que você pretende
desenvolver.
Em princípio, eu penso que a revisão de literatura é baseada
nos objectivos específicos, isto é, o autor deve transformar os objectivos
específicos em subtítulos.
3.6. Metodologia
Como se tem definido muitas vezes, a metodologia é o caminho
usado para atingir um determinado objectivo. Ela deve apresentar como se
pretende realizar a investigação.
Entretanto, nesta seção, o (a) autor (a) deverá descrever a
classificação quanto aos objectivos da pesquisa, a natureza da pesquisa, a
escolha do objecto de estudo, técnica de colecta e a técnica de análise de
dados.
Segundo Oliveira (2011) a descrição deverá ser feita em
forma dissertativa, onde caro autor (a) poderá usar principalmente livros e
artigos de metodologia científica para explicar o que significa uma pesquisa
descritiva, por exemplo. Todavia, em seguida deverá explicar com suas palavras
porque a pesquisa pode ser classificada como descritiva. Da mesma forma deve
ser feito com as outras escolhas metodológicas.
Como se pode ver, a metodologia é, portanto, o conjunto de
meios (procedimentos) possíveis à disposição de um campo de conhecimentos. Isto
quer dizer que esses procedimentos são pré-determinados pelo campo científico
para a realização dos trabalhos de investigação académica.
Vamos agora explicar detalhadamente porque é que tens que fazer
a classificação quanto aos objectivos da pesquisa, a natureza da pesquisa, a
escolha do objecto de estudo, técnica de colecta e a técnica de análise de
dados.
3.6.1. Classificação quanto aos objectivos da pesquisa
Quanto aos objectivos da pesquisa, segundo Oliveira (2011) a
pesquisa pode ser, Descritiva, Exploratória, Explicativa e
Exploratório-descritiva.
Então, caro autor (a), a pesquisa
exploratória é destinada a buscar maiores informações sobre assuntos ainda
incipientes ou pouco estudados. Dos tipos de pesquisa exploratória a mais usual
é o estudo de caso (verificação da aplicação em determinada situação das
teorias investigadas).
A pesquisa explicativa
segundo Gil (1999), tem como objectivo básico a identificação dos factores que
determinam ou que contribuem para a ocorrência de um fenómeno. Esta é tida como
o tipo de pesquisa que mais aprofunda o conhecimento da realidade, pois tenta
explicar a razão e as relações de causa e efeito dos fenómenos a serem
investigados.
A pesquisa descritiva segundo
Gil (1999), tem como finalidade principal a descrição das características de
determinada população ou fenómeno, ou o estabelecimento de relações entre
variáveis. São inúmeros os estudos que podem ser classificados sob este título
e uma das suas características mais significativas aparece na utilização de
técnicas padronizadas de colecta de dados.
3.6.2. Classificação quanto a natureza da pesquisa
Quanto a natureza as pesquisas científicas podem ser
classificadas em dois tipos básicos: qualitativa e quantitativa e um misto dos
dois tipos, isto é, quando engloba a pesquisa qualitativa-quantitativa.
A pesquisa qualitativa
é mais adequada para se levantar informações do tipo comportamentais. Nas
pesquisas qualitativas, as formas mais usuais são as entrevistas em
profundidade e os grupos de foco. De referir ainda mais que esse tipo de
pesquisa procura captar não só a aparência do fenómeno como também suas
essências, procurando explicar sua origem, relações e mudanças, e tentando
intuir as consequências.
A pesquisa
quantitativa segundo Mattar (2001), busca fazer a validação das hipóteses mediante
a utilização de dados estruturados, estatísticos, com análise de um grande número
de casos representativos, recomendando um curso final da acção. Na pesquisa
quantitativa, a determinação da composição e do tamanho da amostra é um
processo no qual a estatística tornou-se o meio principal. As respostas de
alguns problemas podem ser inferidas para o todo, então, aconselha-se que a
amostra seja muito bem definida; caso contrário, podem surgir problemas ao se
utilizar a solução para o todo (Malhotra, 2001).
Já para a pesquisa
qualitativa-quantitativa (ou mista) é aquela que engloba as duas
abordagens, isto é, a qualitativa e quantitativa.
3.6.3. Classificação quanto a escolha do objecto de estudo
Segundo Oliveira (2011) quanto à escolha do objecto de
estudo, as pesquisas podem ser classificadas em: estudo de caso único, estudo
de casos múltiplos, estudos censitários ou estudos por amostragem. As
amostragens se dividem em dois tipos: probabilística e não probabilística.
“Um estudo de caso
é uma investigação empírica que investiga um fenómeno contemporâneo dentro do
seu contexto da vida real, especialmente quando os limites entre o fenómeno e o
contexto não estão claramente definidos” (YIN, 2001, p. 33).
O estudo de casos
múltiplos, segundo Yin (2001), tem provas mais convincentes, sendo visto
como mais robusto. No entanto, o autor alerta para as maiores exigências de
tempo e de recursos.
Os estudos censitários
são feitos por meio da realização de um censo ou extraindo uma amostra. O
censo envolve a enumeração completa dos elementos de uma população. É uma
técnica indicada para populações pequenas, quando há poucos recursos (humanos
ou financeiros) disponíveis ou é impraticável a sua realização.
Estudos por amostragem
é segundo Malhotra (2001) usado para populações infinitas. Neste tipo de
estudo, “amostra” é um subgrupo de uma população, constituído de n unidades de observação e que deve ter
as mesmas características da população, seleccionadas para participação no
estudo. Assim, o tamanho da amostra a ser retirada da população é aquele que
minimiza os custos de amostragem e pode ser com ou sem reposição.
3.6.4. Classificação quanto à técnica de colecta de dados
O autor de uma monografia cientifica, ao fazer o seu
trabalho de campo, dito ainda de estudo empírico utiliza as técnicas de colecta
de dados que são um conjunto de regras, ou seja, corresponde à parte prática da
colecta de dados (Lakatos & Marconi, 2001).
Entretanto, durante a colecta de dados, o autor da pesquisa
poderá empregar diferentes técnicas, nomeadamente: Entrevista, Questionário,
Observação, Pesquisa documental, Pesquisa bibliográfica, Pesquisa, Triangulação,
Pesquisa-acção e Experimento.
Mas as técnicas mais utilizadas são: a entrevista, o
questionário, a observação e a pesquisa documental.
A entrevista é segundo Cervo e Bervian (2002), uma das
principais técnicas de colectas de dados e pode ser definida como conversa
realizada face-a-face pelo pesquisador junto ao entrevistado, seguindo um método
para se obter informações sobre determinado assunto.
As entrevistas podem ser classificadas em três tipos
principais: entrevistas estruturadas ou padronizadas, não estruturadas ou
despadronizadas, semiestruturadas ou semi-padronizadas. O tipo mais usual de
entrevista é a semiestruturada, feita por meio de um roteiro de entrevista (Laville
& Dionne, 1999).
Quanto ao questionário segundo Cervo e Bervian (2002, p.48),
“[...] refere-se a um meio de obter respostas às questões por uma fórmula que o
próprio informante preenche”. Ele pode conter perguntas abertas e/ou fechadas.
As abertas possibilitam respostas mais ricas e variadas e as fechadas maior
facilidade na tabulação e análise dos dados.
3.6.5. Classificação quanto a técnica de análise de dados
Quanto a análise de dados, a pesquisa pode ter as seguintes técnicas
de análise de dados: Análise de conteúdo; Estatística descritiva; Estatística
multivariada; Triangulação na análise apresentação e análise dos resultados.
3.7. Apresentação e
análise dos resultados
Caro autor (a), este tópico é um dos mais importantes do seu
trabalho, pois, aqui serão descritos todos os resultados encontrados na
pesquisa empírica, isto é, neste tópico você descreve aqueles dados recolhidos
no campo de pesquisa por meio das técnicas anteriormente citadas: a entrevista,
questionário, observação, pesquisa documental, pesquisa bibliográfica,
pesquisa, triangulação, pesquisa-acção e experimento.
Normalmente esta sessão pode ser divida didacticamente em
duas partes, em que na primeira parte faz-se a apresentação dos resultados e na
segunda parte faz-se a discussão dos resultados. Mas na prática elas se
misturam, pois é melhor assim e fica mais perceptível apresentar o resultado
recolhido e depois fazer a sua análise.
De referir que a descrição dos dados pode ter apoio de
recursos estatísticos, tabelas e gráficos, elaborados no decorrer da tabulação
dos dados, assim como quadros que apresentem a síntese da descrição dos
resultados. Ou ainda, pode-se fazer a descrição das respostas, se no caso, o
autor tiver usado a entrevista.
Mas segundo Oliveira (2011) aponta que no caso de se
utilizar questionário, pode-se descrever a frequência, as percentagens, as
médias e os desvios padrão das respostas ou valer-se de gráficos para descrever
as respostas. No caso de entrevistas, descrever
as categorias de respostas que apareceram, conforme referimos antes.
É também importante que os resultados sejam descritos por
meio de texto também, não apenas a partir de gráficos e tabelas. Esses recursos
facilitam a compreensão dos dados obtidos, mas não substituem a redacção escrita
dos resultados. Sendo assim, o autor do trabalho deve redigir um texto de apresentação
dos resultados, podendo fazer uso de recursos para facilitar e ilustrar este
processo.
Ao fazer análise dos resultados apresentados, o (a)
pesquisador (a) deve elaborar a sua análise a partir dos resultados alcançados
e com base na revisão bibliográfica. Deve-se chamar a atenção para aspectos
novos e interessantes que apareceram. Discutir resultados significa analisá-los,
confrontando-os com pesquisas anteriores, significa também dar significado as
respostas fornecidas pelos pesquisados. Muitas a literatura usada na revisão literária
deve ser a mesma a ser usada na análise dos resultados para não enviesar os
dados, isto é, não seria bom na análise dos dados referenciar autores que não foram
referenciados na revisão literária.
Portanto, todos os resultados descritos devem ser analisados,
discutidos à luz da literatura revisada.
3.8. Conclusão
Por fim, os resultados deverão representar a parte final do
trabalho, a conclusão, onde se retomam os objectivos e procede-se à discussão
final dos pontos alcançados pelo trabalho. O número total da monografia varia
de instituição para instituição, mas existem bons trabalhos desde sessenta
páginas até trabalhos com mais de cento e vinte páginas, pois tudo depende do
tema escolhido, da problematização realizada e dos objectivos formulados, e
olhe que quanto mais complexo for o trabalho, maior será a sua extensão.
3.9. Referências
Caro leitor, referências bibliográficas é o conjunto de
elementos que identificam as obras consultadas e/ou citadas no texto. Elas devem
ser apresentadas numa única ordem alfabética, independentemente do suporte
físico (livros, periódicos, publicações electrónicas ou materiais audiovisuais)
alinhadas somente à esquerda, em espaço simples, e espaço duplo entre elas.
3.10. Apêndices
Segundo Adami e Serralvo (2013) apêndices refere-se a todo
material complementar, produzido pelo autor do trabalho. São exemplos de material
a ser incluído no Apêndice: transcrição completa de entrevistas, gráficos, quadros
e tabelas (não inseridos no corpo do trabalho), entre outros.
3.11. Anexos
É a parte do trabalho destinada a inclusão de todo material
adicional ao texto principal, que possa auxiliar o leitor na compreensão do trabalho
e que não foram produzidos pelo autor. habitualmente anexam-se ao trabalho
exemplares de catálogos de imagens, folhetos de especificações técnicas, entre
outros.
3.12. Referências bibliográficas
Cervo, A. L. & Bervian, P. A. Metodologia científica.
5.ed. São Paulo: Prentice Hall, 2002.
Gil, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5.ed. São
Paulo: Atlas, 1999.
Lakatos, E. M. & Marconi, M. A. Metodologia do trabalho
científico. 4.ed. São Paulo: Atlas, 1992.
___________________________. Fundamentos metodologia
científica. 4.ed. São Paulo: Atlas, 2001.
Laville, C. & Dionne, J.
A construção do saber: manual de metodologia da pesquisa em ciências
humanas. Belo Horizonte: UFMG, 1999.
Malhotra, N. Pesquisa de marketing. 3.ed. Porto Alegre:
Bookman, 2001.
Mattar, F. N. Pesquisa de marketing. 3.ed. São Paulo: Atlas,
2001.
Oliveira, M. F. de. Metodologia científica: um manual para a
realização de pesquisas em administração. Catalão: UFG, 2011. 72 p.
Rudio, F. V. Introdução ao projecto de pesquisa cientifica.
4.ed. Petrópolis: Vozes, 1980.
Serralvo, F. & Adami, B. Orientações gerais para
elaboração do trabalho de monografia. Pontifícia Universidade Católica de São
Paulo, 2013.
Universidade Pedagógica de Moçambique. Normas para Produção e
Publicação de Trabalhos Científicos na Universidade Pedagógica. Comissão de
Revisão Curricular Central. Maputo, Janeiro de 2009.
Yin, R. K. Estudo de
caso: planeamento e métodos. 2.ed. Porto Alegre: Bookman, 2001.
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