Grupos nas organizações
Grupos nas organizações
1. CONCEITOS
Grupo
1. CONCEITOS
Grupo
Por forma a compreender o conceito de grupo, passamos a
citar algumas definições de certos autores.
De acordo com Gurvirch (1952) citado por Muños (1982),
considera o grupo como sendo uma unidade colectiva que encara uma obra comum,
expressa por atitudes e comportamentos comuns.
Cartwright (1952) citado por Muños (1982), define o grupo
como um conjunto de indivíduos cujo relacionamento mútuo o fazem
interdependentes nalgum grau significado.
Shaw (1976) citado por Muños (1982), considera o grupo com
duas ou mais pessoas que interagem umas comas outras de forma tal que “cada
pessoa influencia e é influenciada por cada uma das pessoas.
Araújo (2011), Dimas (2007), Miguez e Lourenço (2001), Pinto
(2009), Rodrigues (2008), definem o grupo como aquilo que constitui um sistema
que se funda/edifica e desenvolve a partir da interacção e das relações de
interdependência entre os seus elementos e entre estes e o meio envolvente.
No nosso entender, grupo é um conjunto de pessoas que
interagem umas com as outras para que haja influência entre eles. Grupo é
também um conjunto de indivíduos que seu relacionamento os faz serem
interdependentes nalguma coisa significativa.
2. Tipos de grupos
Geralmente, qualquer organização tem exigências técnicas que
nascem das suas metas. A realização dessas metas requer a execução de certas
tarefas e a presença de pessoas que podem-nas executar. Como resultado disso, a
maioria dos empregados participará de determinado grupo, por causa do cargo que
ocupa dentro da organização.
2.1. Grupos formais
Segundo Pereira (2012), diz que grupos formais são aqueles
estabelecidos pela organização a qual pertencem, possuem missões e tarefas
específicas e o comportamento adequado e desejado dos mesmos são definidos pela
organização. Os grupos formais compreendem, três (3) subgrupos, entre eles de
acordo com Griffin e Moorhead (2006), apresentam-se:
Grupo de comando ou grupos funcionais
São grupos de trabalho básico e tradicionais, determinados
por relações formais de autoridade e mostrados no organograma da empresa. Normalmente
compreendem um administrador e os subordinados que respondem directamente a
ele, é um grupo relativamente permanente.
Assim, entendemos que este tipo de grupo se compõe de
subordinados que dependem directamente de um supervisor (exemplo: a relação de
autoridade entre o gerente do departamento e os chefes de departamento ou entre
uma enfermeira sénior e suas subordinadas é um exemplo de grupo de comando).
· Grupo de tarefa ou grupo de projectos
especiais
De acordo com os autores, o grupo de tarefa ou grupo de projectos especiais sua criação
decorre da necessidade de se realizar uma tarefa específica como, por exemplo,
resolver um problema na estrutura do produto, e é relativamente temporário,
normalmente se dissolvem depois da solução do problema. Os deveres dos membros
de um grupo de comando podem ser temporariamente reduzidos, caso o grupo de
tarefas exija deles muito tempo e esforço.
No nosso entender, o grupo de tarefa ou grupo de projectos
especiais compõe-se de empregados, que trabalham juntos para completar um
projecto ou uma tarefa particular.
·
Grupo por afinidade
Segundo Griffin e Moorhead (2006), dizem que grupo por
afinidade se apresenta relativamente permanente e reúne funcionários do mesmo
nível da empresa, que se encontram periodicamente para trocar informações,
entender oportunidades emergentes e resolver problemas. Embora sejam criados
pela organização, não fazem parte da estrutura formal.
Segundo os supracitados, os grupos por afinidade, não
constituem grupo de comando porque não fazem parte da hierarquia e não são
grupos de tarefas porque duram bastante. Estes grupos por afinidade são
formados por funcionários que compartilham atribuições, responsabilidades,
deveres e interesses, e representam cortes horizontais na hierarquia
organizacional normal (idem).
Este tipo de grupo, seguem regras simples como comunicar-se
de maneira aberta e franca, honrar os acordos de prazo, ouvir com atenção o
outro, preparar-se, respeitar confidências, manter-se concentrado, oferecer
apoio mútuo e ser responsável individualmente (Griffin & Moorhead, 2006).
Ao nosso ver, uma vantagem que se nota nesse grupo é o
cruzamento de fronteiras organizacionais existentes, facilitando a comunicação
entre os diferentes departamentos e divisões. E esse tipo de grupo faz com que
a empresa possa implementar acções que tornem essa formação favorável ao
desempenho organizacional.
2.2. Grupos informais
De acordo com Pereira (2012), diz que independentemente de
onde a organização crie grupos formais, surgem os grupos informais, estes
surgem de forma natural em um ambiente de trabalho, decorrem de uma necessidade
de contacto social, tendem a se formar em torno de amizades e interesses
comuns.
Ao nosso entender, os grupos informais são grupamentos
naturais de pessoas surgidos naturalmente nas diversas situações de trabalho,
em resposta a necessidades sociais e estas geralmente não surgem como resultado
de um desígnio deliberado, mas crescem naturalmente.
Nesse tipo de grupos informais temos os seguintes subgrupos:
Grupos de amizade e Grupos de interesse, conforme descrevemos a seguir.
·
Grupos de amizade
Os Grupos de amizade, são aqueles que de acordo com Pereira
(2012), recebem a denominação de grupo de amigos. É informal, pode envolver
indivíduos de todas as partes e níveis da organização. Este modelo de grupo ao
contrário do grupo de interesse, presente no local de trabalho, existe fora do
local de trabalho e pode se estender para dentro em momentos de intervalo;
possuem uma permanência até razoável, nascem de relacionamentos cordiais entre
os membros e do prazer de estarem juntos, promovendo benefícios do
relacionamento social entre seus membros.
Por seu turno, os grupos de amizade podem ser formados por apenas
duas pessoas, e quando assim acontece, existem um nível maior de confiança.
·
Grupos de interesse
Estes grupos de interesse segundo Pereira (2012),
caracterizam-se pela informalidade, se estruturam em torno de uma actividade ou
interesse comum, mesmo que possa surgir amizade entre seus componentes. Este
grupo perdura enquanto os interesses se fazem comuns e representam uma força
unida diante da administração sobre algum assunto importante para seus membros.
Os grupos de interesse são constituídos por dois ou mais
elementos. Entendemos que esse tipo de grupo tenha interesse comuns, ou seja,
quando estes formam-se para atingir um propósito comum.
A seguir trazemos a tabela 1 que faz referência de uma
representação de como os grupos formais e informais se organizam.
Quadro 1: Classificação dos Grupos
Relativamente
permanentes
|
Relativamente
temporários
|
||
Formais
|
Grupos de
comando
|
Grupo de
tarefa
|
Grupos por
afinidade
|
Departamento de controlo de qualidade
|
Busca da comissão para um novo superintendente da escola
|
Grupo de desenvolvimento do novo produto
|
|
Grupo de controlo de custos
|
Força-tarefa para controlar a qualidade do novo
produto
|
||
Informais
|
Grupos de amizade
|
Grupos de interesse
|
|
Amigos que realizam muitas actividades juntos (vão a
teatro, praticam exporte, viajam)
|
Grupo de boliche
Rede de mulheres
|
Fonte: adaptado segundo Griffin e Moorhead (2006, p.223)
Ao observarmos o quadro 1, pode-se compreender que os grupos
formais naturalmente são mais fáceis de serem identificados ao contrário dos
grupos informais que se manifestam independente dos níveis hierárquicos e
alocações na estrutura organizacional.
2.3. Estágios de desenvolvimento dos grupos
Conforme definiu-se anteriormente, os grupos podem ser
entendidos como o conjunto de duas ou mais pessoas que interagem, são
interdependentes e procuram atingir objectivos específicos.
De acordo com Pereira (2012), diz que os grupos podem
ocorrer em cinco estágios principais, nomeadamente: formação, turbulência,
normalização, desempenho e dissolução.
·
Formação
Este primeiro estágio, segundo Pereira (2012), apresenta
dois momentos:
No primeiro momento as pessoas se juntam ao grupo, isto pode
acontecer por causa de uma nomeação no caso do grupo formal, ou por algum outro
benefício desejado, no caso do grupo informal.
Na formação, o grupo inicia uma etapa de conhecimento do
território, definição da tarefa, da função, da estrutura e da liderança do
grupo. Este estágio de formação caracteriza-se por uma fase de grande
incerteza.
Entendemos assim que o fenómeno da incerteza neste está
relacionado no facto da existência do desconhecimento existente entre os
membros integrantes nele, pois, é o momento em que as tarefas são iniciadas e
cada um não sabe bem o comportamento do outro.
·
Turbulência
Já na segunda fase que é de turbulência, segundo Pereira
(2012), ocorre o conflito intergrupal. Os membros aceitam a existência do
grupo, mas existe uma força contrária (resistência) ao controlo imposto sobre a
individualidade. Existem conflitos sobre quem irá liderar o grupo, e deverá
aqui ser definido a hierarquia da liderança.
Nesta fase, sob ponto de vista pessoal, entendemos que a
turbulência esteja relacionada com o facto de cada membro se achar capaz de
liderar o grupo. Existe resistência em aceitar as ordens dadas pelo outro
porque cada um gostaria que fosse chefe do grupo.
·
Normalização
Relativamente na normalização que é já o terceiro momento da
existência do grupo, o grupo apresenta-se de forma coesa, existindo um forte
senso de camaradagem no grupo. Este estágio termina quando o grupo está
solidificado e já foi assimilado um conjunto comum de expectativas a respeito
do que define o comportamento correcto de um membro (idem).
Ao nosso entender, nesta fase, existe entendimento entre os
integrantes do grupo, existe o respeito e já está definido o chefe do grupo e
cada um já conhece e confia no outrem.
·
Desempenho
Cada fase que o grupo chega é o momento do avanço, isto é,
para chegar ao desempenhar, significa que o grupo funciona potencialmente e
procura-se conhecer e compreender um ao outro no grupo e de redireccionar esta
energia para a realização da tarefa que se apresenta, neste sentido, pode-se
afirmar que o grupo chegou ao estágio de desempenho, que é o quarto estágio (ibid).
De acordo com Robbins e Coulgter (1998) citado por Pereira
(2012), para os grupos de trabalho permanente o desempenho é o último estágio
do seu desenvolvimento, mas para forças-tarefa, equipas e grupos similares
temporários, que possuem um prazo definido, existe ainda o estágio de dissolução,
que descrevemos a seguir.
·
Dissolução
Neste momento existe a preocupação com o desmembramento do
grupo de trabalho, nesta fase de dissolução, encontram-se pessoas agitadas,
frisando as vitórias do grupo, outras deprimidas por causa da perda da
camaradagem e das amizades conquistadas durante o período que passaram em
conjunto.
Entendemos que a dissolução de um grupo é necessária pois,
tudo que tem um início tem também um fim, por isso, quando se chega nesse
momento os elementos tendem a ficar tristes outros felizes, uns ficam tristes
porque não conseguiram fazer muita coisa durante a existência do grupo ou
porque vão perder as suas relações de amizades que vieram criando desde o
início do grupo; enquanto os outros ficam tristes outros ficam felizes,
basicamente, felizes por já terem conseguido alcançado os seus propósitos
2.4. Grupo Vs. Equipa
Geralmente, existe grande diferença entre grupo e equipa e esses
dois termos, Chiavenato (2005) cita algumas diferenças entre grupos de trabalho
e equipas, como mostrado na tabela 2 a seguir.
Quadro 2: diferenças entre Grupo e equipa
Grupo
|
Equipa
|
Um único e forte líder
|
Papéis compartilhados de liderança
|
Responsabilidade individualizada
|
Responsabilidade individual mútua
|
Propósito é o mesmo da organização
|
Propósito específico
|
Produtos de trabalho individualizados
|
Produtos de trabalho colectivos
|
Discute, decide e delega
|
Discute, decide e faz o trabalho real
|
Habilidades aleatórias e variadas
|
Habilidades complementares
|
Sinergia Neutra (as vezes negativa)
|
Sinergias positivas
|
Fonte: Adaptado de Chiavenato (2005)
2.4.1. Características dos grupos In:(<http://psicologiaaplicadaets.blogspot.com/2013/11/os-grupos-dentro-das-organizacoes.html>; consultado no dia 18/Mar.2018)
Para se compreender mais plenamente o comportamento grupal,
é preciso levar-se em conta as várias características do grupo. Algumas das
características importantes dos grupos são discutidas abaixo.
·
Estrutura grupal
Dentro de qualquer grupo, surge com o tempo certo tipo de
estrutura. Os membros do grupo diferenciam-se com base em factores tais como
habilidade, agressividade, poder e status. Cada membro ocupa uma posição no
grupo. O padrão de relacionamento entre estas posições ou cargos constitui o
que se chama então de estrutura grupal.
Os membros do grupo avaliam cada posição em termos de seu
prestígio, status e importância para o grupo. Na maioria dos casos, há algum
tipo de diferença de status entre os cargos, de modo que a estrutura grupal é
hierárquica. Os membros esperam que o ocupante de cada cargo tenha certas
atitudes durante a interacção grupal. O conjunto de atitudes esperadas, ligadas
ao cargo dentro da estrutura, constitui o que chamamos de papel do ocupante do
cargo.
·
Status ou cargo
Relativamente ao Status e/ou cargo, esses são tão
semelhantes que estes termos são usados um pelo outro. O status ligado a um
cargo particular é normalmente uma consequência de certas características que
diferenciam um cargo de outro.
Em alguns casos, a pessoa recebe determinado cargo por causa
do tempo de serviço, da idade ou de uma designação qualquer. O trabalhador mais
antigo pode ser reconhecido como sendo o mais eficiente do ponto de vista
técnico e assim receber o cargo de um grupo de técnicos.
·
Papel
Cada cargo, na estrutura grupal, tem ligado a si, um papel
que não é outra coisa senão o comportamento que se espera do ocupante do cargo.
Por exemplo, espera-se do Director de serviços de medicina de um hospital que
dê assistência e controlo seu departamento. Espera-se dele, também, que siga de
perto a preparação e a aplicação do orçamento departamental.
O papel esperado é apenas um tipo de papel. Há também o
papel percebido e o papel realizado. O papel percebido é o conjunto de atitudes
e comportamentos que a pessoa que ocupa determinado cargo acredita dever
realizar. Em alguns casos, o papel percebido pode corresponder ao papel
esperado. O papel realizado é o comportamento que a pessoa realmente leva a
cabo. Portanto, pode haver três tipos possíveis de comportamento ligado aos
papéis.
E há possibilidade de conflito e frustração, resultantes das
diferenças nestes três tipos de papéis. Em grupos bastante estáveis ou
permanentes, normalmente há boa concordância entre os papéis esperado e
percebido. Quando o papel realizado se desvia muito do esperado, a pessoa pode
ou aproximar-se do papel esperado ou deixar o grupo.
·
Normas
Geralmente, as normas são padrões partilhados pelos membros
do grupo. Têm certas características importantes para os membros do grupo:
Primeiro, as normas só são formadas com relação a coisas que
têm significação para o grupo - Se a produção é importante, aparecerá uma norma
relativa a ela. Se a ajuda dos membros de outro grupo para completar a tarefa
for importante, surgirá uma norma com relação a isso.
Segundo, há gradação na aceitabilidade das normas, pelos
membros do grupo. Algumas normas são aceitas por todos os membros e de modo
completo, outras têm apenas uma aceitação parcial.
Terceiro, as normas podem ser aplicáveis a todos os membros
do grupo ou apenas a alguns deles. Espera-se que cada membro se ajuste às
normas de produção e só se aceita discordância verbal das directrizes
administrativas por parte dos líderes do grupo.
2.5. Técnicas Grupais para Melhorar a Tomada de Decisões
No processo de tomada de decisões em grupo, são usadas diversas
técnicas que podem melhorar a tomada de decisões, mas vamos citar alguns, tais
como:
·
Diagrama de Ishikawa
De acordo com Maximiano (2012), o diagrama de Ishikawa foi
criando por Kaoru Ishikawa que tem a forma de uma espinha de peixe. É um
gráfico cuja finalidade é organizar o raciocínio e a discussão sobre as causas
de um problema prioritário e analisar as dispersões no seu processo e os
efeitos decorrentes disso.
A ferramenta foi desenvolvida através da ideia de fazer as
pessoas pensarem sobre as causas e possíveis razoes que fazem com que um
problema ocorra. Por isso, os problemas estudados por meio desse diagrama são enunciados
geralmente como uma pergunta, que possui a seguinte estrutura: “porquê ocorre
este problema?” ou “quais as causas deste problema?”. É considerada como uma
ferramenta da gráfica da administração, utilizada no gerenciamento e controlo
da qualidade organizacional (Maximiano, 2012).
De uma forma sintética, o diagrama se trata de um
instrumento pratico que auxilia a análise de causa em avaliação de não
conformidade nos processos de uma empresa.
·
Princípio de Pareto
O princípio de Pareto de acordo com Maximiano (2000) é uma
técnica que permite seleccionar prioridades quando se enfrenta um grande número
de problemas. O princípio estabelece que, dentro de uma colecção de itens, os
mais importantes, segundo algum critério de importância, normalmente
representam uma pequena proporção do total. Exemplo: a maioria dos acidentes de
trânsito num número relativamente pequeno de cruzamento de cidades, nas faixas
de esquerda das rodovias e em determinadas horas do dia.
Sendo assim, compreendemos que o diagrama de Pareto é um
recurso gráfico utilizado para estabelecer uma ordenação nas causas de perdas
que devem ser sanadas.
·
Brainstorming e Brainwriting
O Brainstorming (tempestade
de ideias) e Brainwriting (tempestade de ideias escritas) são de acordo com
Maximiano (2000), dois procedimentos para a produção de informações e opiniões,
muito usados em processos sistemáticos de tomada de decisões.
O Brainstorming opera com base em dois princípios:
a suspensão do julgamento e a reacção em cadeia. Esses dois princípios fazem as
pessoas exprimirem-se livremente, sem receio de criticas. Também fazem as
ideias associarem e gerar novas ideias, num processo em que o objectivo é
assegurar uma grande quantidade de alternativas.
A palavra Brainstorming foi criada para designar um processo em que as
pessoas interagem verbalmente, dentro dessas condições. Cada pessoa fala, dando
sugestões para resolver um problema, sem que essas sugestões sejam criticadas
pelos outros participantes. Quando houver um número suficiente de ideias, ou
quando o fluxo de ideias se esgotar, o processo é interrompido, as diversas
sugestões são sintetizadas e agrupadas em categorias. Finalmente, cada sugestão
ou categoria de sugestões é então avaliada e criticada.
Já, quando as pessoas interagem por escrito, sem comunicação
oral, o processo chama-se Brainwriting.
Aqui cada participante recebe uma folha de papel, na qual anota suas ideias ou
sugestões para resolver um problema.
As folhas de papel são então trocadas
aleatoriamente entre os participantes, de modo que cada um possa ler as
contribuições dos colegas e acrescentar outras, por meio da associação de
ideias. A troca de folhas prossegue até o ponto em que as ideias se esgotam
(Maximiano, 2000).
Portanto, as diversas ideias produzidas por meio de Brainstorming e Brainwriting são então analisadas uma a uma, ponderando-se suas
vantagens e desvantagens.
·
Análise de vantagens e desvantagens
Nessa componente, de acordo com Maximiano (2000), as
alternativas podem ser avaliadas, em primeiro lugar, com base em informações
que permitem aos tomadores de decisão fazer uma análise das vantagens e
desvantagens de cada uma. Um exemplo é a empresa Mozal localizada na Província
de Maputo, esta pode enfrentar o problema de decidir o que fazer com o resíduo
produzido pelo processo de utilização de uma matéria-prima, e eles podem
considerar diversas alternativas e cada uma delas terão que ver as vantagens e
desvantagens antes de executar.
·
Árvore de decisões
No que tange a árvore de decisões essa é vista por Maximiano
(2000), como uma técnica de representação gráfica de alternativas. À medida que
as alternativas vão sendo identificadas, são desenhadas como ramos de uma
árvore. A técnica é útil como auxílio para a visualização das possibilidades
que o tomador de decisões deve considerar.
Por exemplo, o Presidente do Conselho Municipal da Cidade da
Matola quando está preocupado com a possibilidade de chuvas intensas, este tem
noção de que se chover muito haverá inundações, queda de árvores e destruição
de casas, exigindo socorro imediato. Neste sentido, o presidente para enfrentar
essa situação, deverá mobilizar grande quantidade de funcionários, camiões,
máquinas e material de limpeza.
A mobilização desses recursos, à espera da
chuva, significaria despesas adicionais com horas extras e a contratação de
prestadores de serviços, além do trabalho de deixar tudo pronto. Se os recursos
não fossem mobilizados e não chovesse, não haveria problema.
3. Conclusão
Este estudo de natureza bibliográfica, teve como
tema grupos nas organizações, onde começamos o mesmo definindo grupo para
ajudar-nos a compreender o tema que nos propusemos investigar, a seguir
abordamos os tipos de grupo onde vimos que existem dois grupos, nomeadamente,
os grupos formais que são estabelecidos pela empresa na qual os elementos
pertencem onde os mesmos possuem missões e tarefas específicas e um
comportamento adequado dentro do grupo e vimos também os grupos informais que
entendemos como os grupos formados naturalmente nas diversas situações de
trabalho. Seguidamente, vimos os estágios de desenvolvimento dos grupos que
geralmente acontece em cinco estágios e cada estágio tem as suas respectivas
ocorrências; vimos também as características dos grupos e tais características
diferenciam um grupo de outro e por fim, falamos das técnicas grupais para
melhorar a tomada de decisões que ao nosso ver são de extrema importância para
todos os membros dos grupos, pois estas técnicas permitem que cada participante
tenha um papel fundamental para que a empresa funcione plenamente.
4. Referências
4. Referências
Araújo, I.G. Mapeamento
e explicitação dos processos de grupo no contexto de desenvolvimento grupal.
(Dissertação de Mestrado não publicada). Faculdade de Psicologia e Ciências da
Educação da Universidade do Porto, Porto, 2011.
CHIAVENATO, I. Comportamento
organizacional: a dinâmica do sucesso das organizações. 2ª ed. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2005.
Dimas, I. (Re)pensar o
conflito intragrupal: Níveis de desenvolvimento e eficácia. (Dissertação de
doutoramento não publicada). Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação
da Universidade de Coimbra, Coimbra, Portugal, 2007.
Griffin, R. W. & Moorhead, G. Fundamentos do Comportamento Organizacional. São Paulo: Ática,
2006.
Maximiano, A. C. A. Introdução
a Administração. 8.ed. revista e ampliada. Atlas. São Paulo, 2000.
Maximiano, A. C. A. Teoria
Geral da Administração: da revolução urbana a revolução digital. 7 ed. São
Paulo: Atlas, 2012.
Muños, C. C. Psicologia
Social. Editora Trillas. México, 1982.
Miguez, J. & Lourenço, P. Qual a contribuição da metáfora “equipa” para a abordagem da eficácia
organizacional? Comunicação apresentada no IV Encontro Luso-Espanhol de
Psicologia Social, Porto, 2001.
Pinto, A. Funcionamento
interno das equipas de trabalho: bidimensionalidade, interdependência e
desempenho. (Dissertação de Mestrado não publicada). Faculdade de
Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra, Coimbra, Portugal,
2009.
Robbins, S. P. & Coulgter. Comportamento organizacional. 8. ed. – Rio de Janeiro: LTC, 1998.
Rodrigues, A. S. A
definição do conceito de grupo e suas implicações no funcionamento do sistema.
O caso das equipas cirúrgicas. (Dissertação de Doutoramento não publicada).
Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto.
Porto, 2008.
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