quinta-feira, 18 de abril de 2019

Passos para a elaboração da monografia cientifica


1. Introdução

Tomando-se por base a elaboração de uma monografia, é necessário antes de mais perceber o que é realmente uma monografia. Para tal, vou aqui buscar algumas definições sobre o assunto, a saber:

De acordo com a Universidade Pedagógica de Moçambique (2009, p.5-6) monografia científica é um documento que representa o resultado de um trabalho científico que aborda um problema de pesquisa, devidamente delimitado e desenvolvido com uma atitude científica. Entretanto, esta mesma monografia deve ser feita sob a orientação de um supervisor, pois visa a obtenção do grau de Licenciatura.

Já a Universidade Federal do Paraná (2002, p.2) entende o termo Monografia como a exposição exaustiva de um problema ou assunto específico, investigado cientificamente. Para esta entidade, o trabalho de pesquisa pode ser denominado monografia quando é apresentado como requisito parcial para a conclusão de curso.
Por meio dessas duas definições, é possível notar uma convergência: “problema específico” que deve ser focalizado na monografia, ou seja, uma monografia requer um estudo teórico sobre um tema específico (ou único), que deve permear todo o trabalho.

Em suma, caro leitor, a monografia é apenas o resultado de um estudo profundo sobre um assunto visto pelo estudante como sendo de interesse pessoal, até social, sendo o seu meio (ou forma) de registo dos resultados obtidos.

2. Fundamentos da monografia

Companheiro, você ao elaborar a sua monografia, terás como ponto de partida seleccionar o fenómeno (assunto) a ser investigado. Assunto a ser investigado é nada mais nada menos que uma situação particular que ainda não está amplamente resolvida, ou sistematizada pelo conhecimento científico. Ou seja, o seu tema deve constituir-se uma novidade a nível académico e social, pois quando o tema não constitui uma novidade, não terá muita relevância e não vai conquistar o público leitor.

O autor, no processo da elaboração da sua monografia não se deve esquecer que o assunto a ser pesquisado, traduz-se, em questionamentos ou, como referem Adami e Serralvo (2013) que se denomina em “problema da pesquisa”. Assim, o problema da pesquisa é expresso por uma pergunta, em geral chamada de “pergunta de partida”. É a partir da delimitação do assunto a ser estudado que se elabora a pergunta de partida e, sobre a qual, o trabalho será desenvolvido, mas essa questão vamos explicar melhor a seguir.

3. Estrutura da monografia científica


Antes de apresentarmos a estrutura completa de uma monografia cientifica, vemos que é importante ter-se uma visão geral do que realmente se trata quando falamos de um trabalho de monografia. Apresento a seguir a tabela 1 que apresenta de forma sumária os pontos centrais de uma monografia.

Problema
Objectivos da pesquisa
Revisão teórica
Trabalho empírico/trabalho de campo
resultados
Objecto de estudo
Procedimentos metodológicos



3.1. Problema

O problema de pesquisa é aquilo que incomoda o autor da monografia. Neste ponto, deve-se situar o problema de forma a ser mais claro e perceptível. Caro estudante, descrever um problema de pesquisa tem dois (2) momentos:

O primeiro momento é onde você descreve o problema no seu todo, você deve descrever o que está a acontecer ou o que acontece e o que deveria ser. Neste ponto, temos apenas estas duas situações e que as mesmas devem estar bem claras.

O segundo momento é onde você formula a sua indagação de pesquisa, isto é, a pergunta de partida, que deve estar espelhada com o tema e o problema que você descreve, sem, no entanto, haver discrepâncias. Portanto, no problema de pesquisa você descreve o “O quê?”.

Conforme referimos antes, o problema da pesquisa é expresso por uma pergunta, em geral chamada de “pergunta de partida”. É a partir da delimitação do assunto a ser estudado que se elabora a pergunta de partida e, sobre a qual, o trabalho será desenvolvido.

Exemplo de um tema e sua pergunta de partida:

Imaginemos que você como estudante, pretende falar da “Importância da propaganda nas vias públicas para a expansão dos negócios”.
A sua pergunta de partida, pelo menos poderia ser: Qual é a importância da propaganda nas vias públicas para a expansão dos negócios?
Neste sentido, o a ser investigado é o “papel da propaganda nas vias públicas”.

3.2. Justificativa

Na justificativa você apresenta os motivos da escolha do tema, você explica as razoes que te levaram a escolher o tema. Portanto, neste ponto, diz-se a relevância da pesquisa para si e para a sociedade. Por exemplo, no casamento nós podemos dizer os motivos do porquê nos casamos com uma certa pessoa, alguns podem dizer que me casei com ele/ela porque é uma pessoa amorosa/o, amistosa/o, sensível, sensata/o. Outros casam-se pela atracção de beleza da pessoa. 
Então, a justificativa vai por esse caminho, você descreve o “Porquê?”.
Portanto, “procura-se aqui demonstrar a legitimidade, a pertinência, o interesse e a capacidade do aluno em lidar com o referido tema” (Cervo & Bervian, 2002, p. 127).

Para Lakatos e Marconi (1992), é a parte do trabalho que apresenta respostas à questão do porquê da realização da pesquisa.  É de suma importância para conseguir financiamento para a pesquisa e para demonstrar a relevância da mesma.

3.3. Objectivos do trabalho

Apresentado a justificativa do tema, devem-se estabelecer os objectivos do trabalho (geral e específicos).

Neste campo, você define os seus objectivos da pesquisa. Lembrar que os objectivos obedecem dois (2) momentos.

O primeiro momento é onde você define o objectivo geral, que sempre é apenas um. Nesta parte, deves prestar atenção em relação aos verbos usados para elaborar o objectivo geral. Abaixo colocamos alguns verbos usados para elaboração de objectivos gerais:

Analisar; compreender; conhecer; aprender; distinguir; avaliar, etc.

O segundo momento você define os objectivos específicos, que geralmente devem ser três (3) no máximo, e em alguns casos, podem ser quatro (4) sem, no entanto, exceder esse limite. É importante lembrar que objectivos de uma monografia são diferentes de objectivos de uma unidade temática, pois nestes casos, os objectivos são muitos, enquanto na monografia há limites. Abaixo colocamos alguns verbos usados para elaboração de objectivos específicos:
Identificar, descrever, indicar, propor, discriminar, demonstrar, inferir, explicar, estabelecer, etc.

Portanto, nos objectivos da monografia, responde-se à pergunta do tipo “Para quê?”.

É preciso prestar atenção ao definir os objectivos, pois estes devem estar espelhados com o tema e a pergunta de partida. E referir ainda que os objectivos específicos são muitas vezes usados na revisão de literatura, ou seja, os objectivos específicos são transformados em títulos que farão parte da revisão de literatura.

É importante lembrar que os objectivos são a projecção dos resultados esperados. Após a determinação dos objectivos, deve-se verificar a teoria de base que melhor se adeqúe à investigação proposta.

3.4. Questões de pesquisa e Hipóteses

Dependendo da abordagem da pesquisa, o autor da monografia pode escolher entre questões de pesquisa e hipóteses. Tem se dito que para trabalhos de natureza qualitativa, é mais aconselhável o uso de perguntas de pesquisa, e para trabalhos cujo o cunho é quantitativo ou misto, recomenda-se o uso das hipóteses, mas a escolha depende de cada autor e tipo de fenómeno a ser investigado.

3.4.1. Questões de pesquisa

Relativamente as questões de pesquisa são aquelas elaboradas a partir dos objectivos específicos. Estas deverão nortear o trabalho empírico (trabalho de campo). Aqui, responde-se à pergunta relacionada ao “O quê?”

3.4.2. Hipóteses

Quanto as hipóteses, conforme referimos antes que dependendo do tipo de abordagem que a pessoa vai escolher, pode ser necessário o uso das “hipóteses”. Outros casos, as pessoas substituem questões de pesquisa por hipóteses. Contudo, hipótese é uma proposição que pode ser colocada à prova para determinar sua validade.

Para Rudio (1980), hipótese é uma suposição que se faz na tentativa de explicar o que se desconhece. Esta suposição tem por característica o facto de ser provisória, devendo, portanto, ser testada para a verificação de sua validade. Trata-se de antecipar um conhecimento na expectativa de que possa ser comprovado.

Neste sentido, hipótese é uma suposta resposta ao problema a ser investigado. A origem das hipóteses poderia estar na observação assistemática dos factos, nos resultados de outras pesquisas, nas teorias existentes, ou na simples intuição (Gil, 1999).

3.5. Revisão de teórica

A revisão teórica que também é denominada de teoria de base deve centrar-se em autores aceitos pelo meio académico. Neste ponto, caro estudante, você traz à tona os vários autores que abordam o fenómeno que trazes, devem ser autores que abordam detalhadamente o assunto que norteia a sua pesquisa.

Segundo Oliveira (2011) esta seção deve conter o levantamento bibliográfico preliminar que dará suporte e fundamentação teórica ao estudo. Mas, atenção, não se trata de uma relação de referências bibliográficas (nomes de livros, artigos e autores), nem de um “glossário” com vários conceitos. Por isto, é fundamental que o (a) autor (a) cite os principais conceitos relacionados ao trabalho, de modo dissertativo, mostrando as relações entre os mesmos.

Você como autor da pesquisa, tem de procurar dar início à construção da moldura conceptual sobre o tema que será pesquisado, mostrando ligações entre a bibliografia a ser pesquisada e a situação problema que se pretende solucionar. Mencione, com citações directas ou indirectas, e discuta pelo menos um estudo que tenha relação com o tema que você pretende desenvolver.

Em princípio, eu penso que a revisão de literatura é baseada nos objectivos específicos, isto é, o autor deve transformar os objectivos específicos em subtítulos.

3.6. Metodologia

Como se tem definido muitas vezes, a metodologia é o caminho usado para atingir um determinado objectivo. Ela deve apresentar como se pretende realizar a investigação.
Entretanto, nesta seção, o (a) autor (a) deverá descrever a classificação quanto aos objectivos da pesquisa, a natureza da pesquisa, a escolha do objecto de estudo, técnica de colecta e a técnica de análise de dados.

Segundo Oliveira (2011) a descrição deverá ser feita em forma dissertativa, onde caro autor (a) poderá usar principalmente livros e artigos de metodologia científica para explicar o que significa uma pesquisa descritiva, por exemplo. Todavia, em seguida deverá explicar com suas palavras porque a pesquisa pode ser classificada como descritiva. Da mesma forma deve ser feito com as outras escolhas metodológicas.

Como se pode ver, a metodologia é, portanto, o conjunto de meios (procedimentos) possíveis à disposição de um campo de conhecimentos. Isto quer dizer que esses procedimentos são pré-determinados pelo campo científico para a realização dos trabalhos de investigação académica.

Vamos agora explicar detalhadamente porque é que tens que fazer a classificação quanto aos objectivos da pesquisa, a natureza da pesquisa, a escolha do objecto de estudo, técnica de colecta e a técnica de análise de dados.

3.6.1. Classificação quanto aos objectivos da pesquisa

Quanto aos objectivos da pesquisa, segundo Oliveira (2011) a pesquisa pode ser, Descritiva, Exploratória, Explicativa e Exploratório-descritiva.

Então, caro autor (a), a pesquisa exploratória é destinada a buscar maiores informações sobre assuntos ainda incipientes ou pouco estudados. Dos tipos de pesquisa exploratória a mais usual é o estudo de caso (verificação da aplicação em determinada situação das teorias investigadas).

A pesquisa explicativa segundo Gil (1999), tem como objectivo básico a identificação dos factores que determinam ou que contribuem para a ocorrência de um fenómeno. Esta é tida como o tipo de pesquisa que mais aprofunda o conhecimento da realidade, pois tenta explicar a razão e as relações de causa e efeito dos fenómenos a serem investigados.

A pesquisa descritiva segundo Gil (1999), tem como finalidade principal a descrição das características de determinada população ou fenómeno, ou o estabelecimento de relações entre variáveis. São inúmeros os estudos que podem ser classificados sob este título e uma das suas características mais significativas aparece na utilização de técnicas padronizadas de colecta de dados.

3.6.2. Classificação quanto a natureza da pesquisa

Quanto a natureza as pesquisas científicas podem ser classificadas em dois tipos básicos: qualitativa e quantitativa e um misto dos dois tipos, isto é, quando engloba a pesquisa qualitativa-quantitativa.

A pesquisa qualitativa é mais adequada para se levantar informações do tipo comportamentais. Nas pesquisas qualitativas, as formas mais usuais são as entrevistas em profundidade e os grupos de foco. De referir ainda mais que esse tipo de pesquisa procura captar não só a aparência do fenómeno como também suas essências, procurando explicar sua origem, relações e mudanças, e tentando intuir as consequências.

A pesquisa quantitativa segundo Mattar (2001), busca fazer a validação das hipóteses mediante a utilização de dados estruturados, estatísticos, com análise de um grande número de casos representativos, recomendando um curso final da acção. Na pesquisa quantitativa, a determinação da composição e do tamanho da amostra é um processo no qual a estatística tornou-se o meio principal. As respostas de alguns problemas podem ser inferidas para o todo, então, aconselha-se que a amostra seja muito bem definida; caso contrário, podem surgir problemas ao se utilizar a solução para o todo (Malhotra, 2001).

Já para a pesquisa qualitativa-quantitativa (ou mista) é aquela que engloba as duas abordagens, isto é, a qualitativa e quantitativa.

3.6.3. Classificação quanto a escolha do objecto de estudo

Segundo Oliveira (2011) quanto à escolha do objecto de estudo, as pesquisas podem ser classificadas em: estudo de caso único, estudo de casos múltiplos, estudos censitários ou estudos por amostragem. As amostragens se dividem em dois tipos: probabilística e não probabilística.

“Um estudo de caso é uma investigação empírica que investiga um fenómeno contemporâneo dentro do seu contexto da vida real, especialmente quando os limites entre o fenómeno e o contexto não estão claramente definidos” (YIN, 2001, p. 33).

O estudo de casos múltiplos, segundo Yin (2001), tem provas mais convincentes, sendo visto como mais robusto. No entanto, o autor alerta para as maiores exigências de tempo e de recursos.

Os estudos censitários são feitos por meio da realização de um censo ou extraindo uma amostra. O censo envolve a enumeração completa dos elementos de uma população. É uma técnica indicada para populações pequenas, quando há poucos recursos (humanos ou financeiros) disponíveis ou é impraticável a sua realização.

Estudos por amostragem é segundo Malhotra (2001) usado para populações infinitas. Neste tipo de estudo, “amostra” é um subgrupo de uma população, constituído de n unidades de observação e que deve ter as mesmas características da população, seleccionadas para participação no estudo. Assim, o tamanho da amostra a ser retirada da população é aquele que minimiza os custos de amostragem e pode ser com ou sem reposição.

3.6.4. Classificação quanto à técnica de colecta de dados

O autor de uma monografia cientifica, ao fazer o seu trabalho de campo, dito ainda de estudo empírico utiliza as técnicas de colecta de dados que são um conjunto de regras, ou seja, corresponde à parte prática da colecta de dados (Lakatos & Marconi, 2001).

Entretanto, durante a colecta de dados, o autor da pesquisa poderá empregar diferentes técnicas, nomeadamente: Entrevista, Questionário, Observação, Pesquisa documental, Pesquisa bibliográfica, Pesquisa, Triangulação, Pesquisa-acção e Experimento.

Mas as técnicas mais utilizadas são: a entrevista, o questionário, a observação e a pesquisa documental.

A entrevista é segundo Cervo e Bervian (2002), uma das principais técnicas de colectas de dados e pode ser definida como conversa realizada face-a-face pelo pesquisador junto ao entrevistado, seguindo um método para se obter informações sobre determinado assunto.

As entrevistas podem ser classificadas em três tipos principais: entrevistas estruturadas ou padronizadas, não estruturadas ou despadronizadas, semiestruturadas ou semi-padronizadas. O tipo mais usual de entrevista é a semiestruturada, feita por meio de um roteiro de entrevista (Laville & Dionne, 1999).

Quanto ao questionário segundo Cervo e Bervian (2002, p.48), “[...] refere-se a um meio de obter respostas às questões por uma fórmula que o próprio informante preenche”. Ele pode conter perguntas abertas e/ou fechadas. As abertas possibilitam respostas mais ricas e variadas e as fechadas maior facilidade na tabulação e análise dos dados.

3.6.5. Classificação quanto a técnica de análise de dados

Quanto a análise de dados, a pesquisa pode ter as seguintes técnicas de análise de dados: Análise de conteúdo; Estatística descritiva; Estatística multivariada; Triangulação na análise apresentação e análise dos resultados.

3.7. Apresentação e análise dos resultados

Caro autor (a), este tópico é um dos mais importantes do seu trabalho, pois, aqui serão descritos todos os resultados encontrados na pesquisa empírica, isto é, neste tópico você descreve aqueles dados recolhidos no campo de pesquisa por meio das técnicas anteriormente citadas: a entrevista, questionário, observação, pesquisa documental, pesquisa bibliográfica, pesquisa, triangulação, pesquisa-acção e experimento.

Normalmente esta sessão pode ser divida didacticamente em duas partes, em que na primeira parte faz-se a apresentação dos resultados e na segunda parte faz-se a discussão dos resultados. Mas na prática elas se misturam, pois é melhor assim e fica mais perceptível apresentar o resultado recolhido e depois fazer a sua análise.

De referir que a descrição dos dados pode ter apoio de recursos estatísticos, tabelas e gráficos, elaborados no decorrer da tabulação dos dados, assim como quadros que apresentem a síntese da descrição dos resultados. Ou ainda, pode-se fazer a descrição das respostas, se no caso, o autor tiver usado a entrevista.

Mas segundo Oliveira (2011) aponta que no caso de se utilizar questionário, pode-se descrever a frequência, as percentagens, as médias e os desvios padrão das respostas ou valer-se de gráficos para descrever as respostas.  No caso de entrevistas, descrever as categorias de respostas que apareceram, conforme referimos antes.

É também importante que os resultados sejam descritos por meio de texto também, não apenas a partir de gráficos e tabelas. Esses recursos facilitam a compreensão dos dados obtidos, mas não substituem a redacção escrita dos resultados. Sendo assim, o autor do trabalho deve redigir um texto de apresentação dos resultados, podendo fazer uso de recursos para facilitar e ilustrar este processo.

Ao fazer análise dos resultados apresentados, o (a) pesquisador (a) deve elaborar a sua análise a partir dos resultados alcançados e com base na revisão bibliográfica. Deve-se chamar a atenção para aspectos novos e interessantes que apareceram. Discutir resultados significa analisá-los, confrontando-os com pesquisas anteriores, significa também dar significado as respostas fornecidas pelos pesquisados. Muitas a literatura usada na revisão literária deve ser a mesma a ser usada na análise dos resultados para não enviesar os dados, isto é, não seria bom na análise dos dados referenciar autores que não foram referenciados na revisão literária.

Portanto, todos os resultados descritos devem ser analisados, discutidos à luz da literatura revisada.

3.8. Conclusão

Por fim, os resultados deverão representar a parte final do trabalho, a conclusão, onde se retomam os objectivos e procede-se à discussão final dos pontos alcançados pelo trabalho. O número total da monografia varia de instituição para instituição, mas existem bons trabalhos desde sessenta páginas até trabalhos com mais de cento e vinte páginas, pois tudo depende do tema escolhido, da problematização realizada e dos objectivos formulados, e olhe que quanto mais complexo for o trabalho, maior será a sua extensão.

3.9. Referências

Caro leitor, referências bibliográficas é o conjunto de elementos que identificam as obras consultadas e/ou citadas no texto. Elas devem ser apresentadas numa única ordem alfabética, independentemente do suporte físico (livros, periódicos, publicações electrónicas ou materiais audiovisuais) alinhadas somente à esquerda, em espaço simples, e espaço duplo entre elas.

3.10. Apêndices
Segundo Adami e Serralvo (2013) apêndices refere-se a todo material complementar, produzido pelo autor do trabalho. São exemplos de material a ser incluído no Apêndice: transcrição completa de entrevistas, gráficos, quadros e tabelas (não inseridos no corpo do trabalho), entre outros.

3.11. Anexos

É a parte do trabalho destinada a inclusão de todo material adicional ao texto principal, que possa auxiliar o leitor na compreensão do trabalho e que não foram produzidos pelo autor. habitualmente anexam-se ao trabalho exemplares de catálogos de imagens, folhetos de especificações técnicas, entre outros.

3.12. Referências bibliográficas

Cervo, A. L. & Bervian, P. A. Metodologia científica. 5.ed. São Paulo: Prentice Hall, 2002.

Gil, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5.ed. São Paulo: Atlas, 1999.

Lakatos, E. M. & Marconi, M. A. Metodologia do trabalho científico. 4.ed. São Paulo: Atlas, 1992.

___________________________. Fundamentos metodologia científica. 4.ed. São Paulo: Atlas, 2001.

Laville, C. & Dionne, J.  A construção do saber: manual de metodologia da pesquisa em ciências humanas. Belo Horizonte: UFMG, 1999.

Malhotra, N. Pesquisa de marketing. 3.ed. Porto Alegre: Bookman, 2001.

Mattar, F. N. Pesquisa de marketing. 3.ed. São Paulo: Atlas, 2001.

Oliveira, M. F. de. Metodologia científica: um manual para a realização de pesquisas em administração. Catalão: UFG, 2011. 72 p.

Rudio, F. V. Introdução ao projecto de pesquisa cientifica. 4.ed. Petrópolis: Vozes, 1980.

Serralvo, F. & Adami, B. Orientações gerais para elaboração do trabalho de monografia. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2013.

Universidade Pedagógica de Moçambique. Normas para Produção e Publicação de Trabalhos Científicos na Universidade Pedagógica. Comissão de Revisão Curricular Central. Maputo, Janeiro de 2009.

Yin, R. K.  Estudo de caso: planeamento e métodos. 2.ed. Porto Alegre: Bookman, 2001.

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