Planificação da Aula
1. O desenvolvimento
de uma Aula baseada no Plano Temático
1.1. O plano temático e o plano de
aulas
Apesar de existirem certos
processos que ocorrem tanto a nível do desenvolvimento do Plano Temático como
da planificação do ensino (planificação,
calendarização, sequência), estes são bastante diferentes. A planificação e
desenvolvimento do Plano Temático acontece a Nível Nacional, todas as questões
e o conteúdo levam em consideração todo o país e sua diversidade. Durante o
desenvolvimento do Plano Temático, existe uma preocupação com a sequência e
integração de todo o conteúdo dentro da totalidade do Plano. 
O Plano Temático funciona como uma
directriz, pois ele determina o que deve ser leccionado, no entanto, a decisão
sobre a forma de leccionar/ensinar cabe a cada professor. O professor decide
que metodologias, actividades e formas de avaliação devem ser utilizadas para
alcançar os objectivos de aprendizagem definidos no Plano Temático. É neste
momento onde o Plano de Aulas e o Plano Temático se cruzam. O Plano de Aulas é
constituído pelos passos detalhados que um professor utiliza para leccionar o
que já foi determinado no Plano Temático. O papel do professor é desenvolver um
Plano de Aulas específico, baseado no Plano Temático.
Sendo assim, importa destacar os
seguintes conceitos:
Processo de ensino-aprendizagem
(PEA) é uma actividade conjunta entre o professor e os alunos, organizado sob
direcção do professor, com finalidade de prover as condições e meios
indispensáveis pelos quais os alunos assimilam activamente conhecimentos,
habilidades, atitudes e convicções. No entanto, frequentemente tem havido equívocos entre ensino-aprendizagem e
ensino e aprendizagem. Há, porém, uma diferença entre ensino-aprendizagem e
ensino e aprendizagem. A diferença é que ensino-aprendizagem envolve a interacção
entre o professor e os alunos, num processo em que há troca de ideias,
conhecimentos, entre outros aspectos. Enquanto no ensino e aprendizagem é um
processo que não há essa interacção entre professor e seus alunos, ou seja, no ensino
e aprendizagem não há interacção entre professor e alunos, acontece entre duas
pessoas ou mais, mas, não existe a figura do professor.
Ensinar refere-se ao acto de
transmissão, orientação do aluno para o conhecimento, é facultar informação,
elaborar o conhecimento através da participação activa do proprio aluno, trazer
a informação necessária de acordo com que o professor possui (conhecimentos prévios)
e o que precisa desenvolver (novos conhecimentos).
Aprender é o processo de aquisição (contacto),
assimilação e acomodação (apropriação individualmente) do património
sócio-cultural, científico e técnico da humanidade que resultam na mudança de
comportamento.
1.2. Plano de Aula
Neste ponto, antes de falarmos sobre o plano de aula,
importa referir que a palavra aula vem do grego, aulé, pátio, em especial, pátio
do palácio real. 
No sentido
moderno, aula é determinada pelo período de tempo vivido entre o professor e aluno
em que o professor orienta as actividades do aluno, tendo em vista levá-lo a
alcançar certos objectivos de aprendizagem pretendidos.
Assim, o plano de aula pode ser definido como sendo um documento
importante que deve ser usado pelos professores
e que permite controlar o tempo de que dispõem para a aula. Geralmente o
professor disponibiliza um
tempo para elaborar o plano de aula, visto que é com base neste instrumento que
ele prepara-se para os possíveis caminhos que a actividade lectiva vai tomar na
sala de aula.
Portanto, podemos considerar que o plano de aula é um
guia que orienta o professor sobre
as actividades do processo de ensino-aprendizagem a desenvolver num determinado
tempo lectivo. O plano de aula integra todos os detalhes ou passos do processo
de ensino-aprendizagem e é desenvolvido na escola pelo docente da disciplina, a
partir do plano analítico.
1.3. Procedimentos a seguir para planificar a aula
Ao planificar a aula o professor deve:
a)     
Prever os objectivos de aprendizagem imediatos a serem
alcançados pelos alunos (conhecimentos, habilidades e atitudes).
b)     
Especificar os itens e subitens do conteúdo que serão
trabalhados durante a aula.
c)     
Definir o método de ensino bem como procedimentos de
ensino, assim como organizar as actividades de aprendizagem dos seus alunos.
d)    
Indicar os recursos de ensino-aprendizagem a serem
usados (ex.: projector, cartazes, mapas, boneco de corpo humano entre outros),
durante a aula de forma a despertar maior interesse, facilitar a compreensão da
matéria e estimular a participação activa dos alunos no processo e a construção
dos conhecimentos.
e)     
Estabelecer como será feita a avaliação dos alunos.
De acordo com Lipman (1992), o plano de aula esquematiza
o conteúdo a ser leccionado, as técnicas motivadoras a serem exploradas, os
passos e as actividades específicas preconizadas para os alunos, os materiais
necessários e os processos de avaliação que devem ser adoptados.
Portanto, o plano
de aula obriga o professor a pensar sobre o que vai fazer, sobre o que vão
fazer os seus alunos, no material didáctico necessário e nos procedimentos que
melhor se ajustam ao tipo de tarefas por executar.
1.4. Características de um plano de aula
O plano de aulas apresenta as seguintes características
a destacar:
    a.  Coerência
e Unidade
    b. Continuação
e sequência
    c.  Objectividade
e funcionalidade
    d.   Flexibilidade
    e.   Precisão
e clareza 
Coerência e Unidade
Refere-se a conexão existente entre os objectivos de
aprendizagem, os métodos de ensino, os conteúdos e os meios de ensino, uma vez
que todos estes elementos arrolados devem estar adequados de forma a garantir o
alcance dos objectivos de aprendizagem propostos.
Continuação e sequência
Refere-se, neste caso, a previsão do trabalho de forma
integrada, do começo ao fim, garantindo a relação existente entre as várias
actividades. Geralmente o professor na apresentação dos conteúdos inicia a sua
apresentação partindo dos conceitos básicos, ou seja, definindo os principais
conceitos para depois dar continuidade, apresentando o conteúdo.
Flexibilidade
Em relação a flexibilidade, tem a ver com a
possibilidade de reajustar o conteúdo, adoptando a situações novas que possam
surgir no decorrer da aula – as chamadas situações imprevistas. Na verdade, o
plano deve satisfazer os interesses e necessidades dos alunos, sem afastar-se
claro, dos pontos essenciais a serem desenvolvidos. O plano não deve ser visto
como algo rígido e inflexível, que deve ser cumprido a risca, ele deve dar
espaço para aberturas e adaptações de acordo com os imprevistos.
Objectividade e funcionalidade
O plano de aula deve ter em conta a análise das
condições da realidade, adequando-se ao tempo, aos recursos disponíveis e as
características dos alunos. Portanto, o plano de aula deve ser objectivo e não fugir
da realidade vivida pelos alunos e a sociedade em geral na qual ele é
implementado.
Precisão e clareza
O plano de aula deve apresentar uma linguagem simples e
clara, os enunciados devem ser exactos e objectivos com indicações precisas,
pois não devem ser objecto de dupla interpretação e ambiguidade.
1.5. Passos para a elaboração do plano de aula
1.     
Definir o tempo para a elaboração do plano de aula.
2.     
Ter a dosificação do conteúdo ou o plano analítico.
3.     
Ter consigo o programa do curso ou plano temático como
material auxiliar.
4.     
Ter materiais auxiliar como livros de consulta que abordam
o mesmo tema, se possível.
5.     
Prever o melhor método de ensino para a abordagem do
conteúdo.
6.     
Reorganizar o conteúdo em função dos vários momentos da
aula.
1.6. Vantagens da planificação da aula
Sendo a planificação da aula um projecto de actividade
que se destina a indicar os elementos de realização da unidade didáctica, a planificação
da aula torna-se vantajosa visto que:
·        
Disciplina a actividade do professor na sala de
aulas, evitando cometer improvisos desnecessários
·        
Permite ao professor conduzir a aula usando uma
sequência lógica na apresentação dos conteúdos.
·        
Garante a aprendizagem efectiva por parte dos alunos
no processo de ensino-aprendizagem.
·        
Assegura a racionalização, organização e
coordenação do trabalho do professor de modo que a previsão das acções do professor
possibilite a ele a realização de um processo de ensino de qualidade.
·        
Facilita a organização da aula, no que concerne
a selecção do material didáctico em tempo útil, saber que tipo de tarefas o professor
e os alunos devem realizar na sala de aulas entre outros.
·        
Permite ao professor fazer uma replanificação do
trabalho face a novas situações que surgem no desenvolvimento das aulas (como já sabemos, o plano é flexível).
·        
Contribui significativamente para a realização
dos objectivos apontados.
·        
Garante maior segurança na condução e direcção
do ensino por parte do professor.
·        
Garante economia de tempo e energia, evitando
desgastes e fadiga.
Entretanto, muitos autores referem que não existem desvantagens
da planificação da aula.
1.7. EXEMPLO PRÁTICO DE PANO DE AULA
Instituição:  
 | 
 
Data:
      /09/2019 
 | 
 
Nome do Professor: Mateus Lima 
 | 
 
Tema:
  Desafios actuais da juventude 
 | 
 
Data:
      /09/2019 
 | 
 
Objectivos 
 | 
  
Geral 
 | 
  
Específicos 
 | 
 
Compreender os desafios actuais enfrentados actualmente pela camada
  jovem 
 | 
  
Identificar principais desafios enfrentados pelos jovens a nível
  mundial 
 | 
 |
Identificar o maior desafio enfrentado pelos jovens nos dias actuais 
 | 
 ||
Descrever algumas respostas existentes face ao problema dos jovens 
 | 
 
Tempo  
 | 
  
Funções didácticas (F.D.) 
 | 
  
Conteúdos  
 | 
  
Método 
 | 
  
Recursos 
 | 
  
Actividades 
 | 
 |
Professor 
 | 
  
Alunos 
 | 
 |||||
5 min 
 | 
  
Introdução e Motivação 
 | 
  
Controlo de alunos presentes na aula; Correcção do TPC caso exista; introdução
  do tema;  
 | 
  
Expositivo; 
Elaboração conjunta 
 | 
  
Livro de turma; 
Caneta; quadro preto; giz; apagador 
 | 
  
Controla alunos presentes na aula; Contar uma história qualquer;
  introduzir a aula 
 | 
  
Prestar atenção. 
 | 
 
25 min 
 | 
  
Mediação e Assimilação 
 | 
  
Abordagem geral do tema: Desafios actuais da juventude; 
Identificação principais desafios enfrentados pelos jovens a nível
  mundial; 
Identificar o maior desafio enfrentado pelos jovens nos dias actuais; 
Descrever algumas respostas existentes face ao problema dos jovens 
 | 
  
Expositivo  
 | 
  
Livros; artigos; revistas; quadro preto ou branco; giz ou marcador. 
 | 
  
Expor o conteúdo da aula 
 | 
  
Tomar notas; prestar atenção. 
 | 
 
10 min 
 | 
  
Domínio e Consolidação 
 | 
  
Colocação de perguntas pelos estudantes para consolidação do tema
  apresentado 
 | 
  
Elaboração conjunta 
 | 
  
Livros; artigos; revistas; quadro preto ou branco; giz ou marcador. 
 | 
  
Orientar actividades; responder perguntas apresentadas pelos alunos; 
 | 
  
Resolver a actividade dada pelo professor; fazer perguntas, 
 | 
 
5 min 
 | 
  
Controlo e Avaliação 
 | 
  
Resolução de exercícios sobre o tema; 
 | 
  
Elaboração conjunta 
 | 
  
Giz; quadro; livros; caderno de exercício. 
 | 
  
Orientar actividades; responder perguntas dos alunos. 
 | 
  
Fazer a correcção dos exercícios. 
 | 
 
1.8. Componentes do Plano de Aula
No processo de planificação da aula, não importa o
formato do plano de aula a ser implementado pelo formador no processo de
ensino-aprendizagem, o importante e indispensável, é que o plano de aula inclua
determinadas componentes que são indispensáveis como por exemplo:
1.     
Cabeçalho.
2.     
Tema da aula.
3.     
Objectivos de aprendizagem.
4.     
Conteúdo
5.     
Métodos de ensino
6.     
Recursos ou Meios didácticos auxiliares do processo de
ensino-aprendizagem.
7.     
Actividades para a avaliação do nível do desenvolvimento
das competências.
8.     
Tempo.
2. Considerações finais
A planificação do processo de ensino-aprendizagem é
fundamental para o sucesso dos objectivos de aprendizagem ou da formação.
O plano de aula é um documento orientador do processo de
ensino-aprendizagem e integra: A introdução do tema da aula; Os objectivos de
Aprendizagem; As competências a serem alcançadas pelos formandos; Os recursos e
os vários momentos da aula (a motivação; a abordagem do conteúdo; as
actividades dos formandos; a avaliação da apreensão do conteúdo e a
consolidação).
O Plano de Aula ajuda o formador a nunca improvisar
aulas.
A condução do processo de ensino-aprendizagem deve
constituir um instrumento para o alcance dos objectivos estabelecidos, e para
tal, torna-se indispensável que o formador seja um profissional que domine para
além dos conteúdos, a metodologia de ensino de forma a estruturar melhor as
suas aulas e a conduzir de forma eficaz a aprendizagem dos formandos.
Um aspecto muito importante que vem secundar a
planificação da aula, da actividade do formador na sala de aula é o
conhecimento e domínio dos métodos de ensino, da correcta formulação de
objectivos educacionais e selecção criteriosa de conteúdos de ensino tendo em
conta o plano analítico.
3. Bibliografia
3. Bibliografia
- RIBEIRO. A.C.
     RIBEIRO. L. C. (1989). Planificação
     e Avaliação do Ensino e aprendizagem. Lisboa. U. A.
 
2.     
BORDENAVE, J. D. & Pereira, A. M. (1989). Estratégias de Ensino-Aprendizagem.
Petrópoliz.
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     Módulo FDEP-NIII-I. DINET. Maputo.
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 - PILETTI, Claudino (1987). Didáctica Geral. São Paulo. Ática.
     8 ª Edição.
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     Paulo. Editora Ática.
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     6ª Edição. São Paulo. Companhia Editora Nacional.
 - VILARINHO (1979). Didáctica:
     Temas seleccionados. Rio de Janeiro. Editora livros técnicos e
     científicos.
 - BALANCHO, Maria José e COELHO, Filomena Manso (1994). Motivar os alunos. Criatividade na
     relação pedagógica: conceitos e práticas. 3 Edição. Texto editor.
     Lisboa.
 - ERLEBACH, Ernest; (1988), Psicologia. Teste de Estudo
     II, UP- Maputo.
 - PLANCHARD, Emílio; (1960), Introdução
     à Psicologia das Crianças. 3ª Edição, Coimbra.
 - RODRIGUES et al, (2007). Psicopedagogia
     – Elementos de ensino e aprendizagem e recursos audiovisuais. Módulo
     II. Instituto Superior Dom Bosco.
 - RODRIGUES et al, (2007). Psicopedagogia
     – A Estruturação do ensino e aprendizagem e o papel do educador no século
     XXI. Módulo III. Instituto Superior Dom Bosco.
 - GIL, António Carlos (2005).
     Metodologia do ensino superior. Editora Atlas. São Paulo.
 - FERRÃO, luís e Rodrigues,
     Manuela (2000). Formação pedagógica de formadores. Manual prático.
     5ª Edição. Lisboa.
 - NERICI, Imídio Giuseppe.
     (1970). Didáctica geral. Editora ática. São Paulo.
 - SAWREY, James M.; TELFORD,
     Charles W. (1966) Psicologia Educacional. Rio de Janeiro, Editora
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 - CANDAU, V. M. (org.). (2005)
     Rumo a uma Nova Didáctica. 16ª Edição. Petrópolis:
     Vozes, 2005 
 - FREIRE, Paulo. (1979). Educação
     e Mudança. 23ª Ed. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1979. 
 - INSTITUTO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUÇÃO (2001). Programas
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23.  KUENZER,
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desde a escola. Porto Alegre, Artmed.
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Anais do V ENPEC.
- SILVERA, M. A. (2007). O
     revelar da competência no acontecer humano. Universidade
     Metodista de São Paulo, São Bernardo do Campo. 
 
Comentários
Gostaria porém, de saber o seguinte sobre o tempo dedicado a uma aula:
Numa situação em que o professor tem aula dupla, isto é tempos seguidos na mesma turma, como este irá planificar, será uma aula de 90 min ou duas de 45min?
Gostaria porém, de saber o seguinte sobre o tempo dedicado a uma aula:
Numa situação em que o professor tem aula dupla, isto é tempos seguidos na mesma turma, como este irá planificar, será uma aula de 90 min ou duas de 45min?